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MPF investiga plataforma Kwai por suspeitas de criação de conteúdos falsos

É a primeira vez que uma plataforma é investigada por produzir diretamente informações falsas

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January 18, 2024
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O Ministério Público Federal (MPF) anunciou a abertura de um inquérito civil público para investigar a conduta da rede social Kwai no Brasil. A suspeita é que a plataforma, de origem chinesa, esteja promovendo conteúdos e perfis falsos para gerar maior engajamento.

TRÊS FRENTES DE INVESTIGAÇÃO

A investigação do MPF abordará três frentes principais. A primeira envolve a suposta criação de perfis falsos de órgãos e autoridades públicas brasileiras no Kwai, como se fossem páginas oficiais.

O segundo foco é a possível produção e circulação de notícias falsas na rede social, especialmente durante as eleições de 2022, visando aumentar a audiência da plataforma.

A terceira frente investigará a veiculação de vídeos contendo atos de violência contra mulheres e exposição indevida de crianças e adolescentes.

INVESTIGAÇÃO INÉDITA

Essa investigação marca a primeira vez que uma plataforma de mídia social é alvo de uma apuração não por intermediar conteúdos falsos, mas por produzi-los diretamente. A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão de São Paulo, responsável pela investigação, já conduz apurações sobre outras sete plataformas digitais por possíveis omissões no combate à desinformação e à violência digital.

QUESTIONAMENTOS À JOYO TECNOLOGIA BRASIL 

A empresa Joyo Tecnologia Brasil, responsável pelo Kwai no país, e empresas de publicidade que prestam serviços à plataforma foram oficiadas para prestar esclarecimentos e preservar materiais relevantes para a investigação.

O MPF questiona os termos de uso do Kwai, condutas que violam suas regras, medidas adotadas para conter desinformação e se a plataforma disponibiliza canais de denúncia aos usuários.

INOVAÇÃO NA ABORDAGEM JURÍDICA

Essa iniciativa do MPF reflete uma inovação na abordagem jurídica, concentrando-se em investigar a plataforma digital que supostamente age não apenas como intermediária, mas como autora de conteúdos falsos e apelativos, contratando-os e disseminando-os para ampliar sua audiência e obter maiores lucros.

Para ler o inquérito completo, basta clicar aqui.

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