<p>Morreu aos 103 anos, nesta sexta-feira (7), Benjamin Ferencz, ou Ben Ferencz, o último promotor sobrevivente dos julgamentos de nazistas por crimes de guerra em Nuremberg, na Alemanha.</p>
<p>Ferencz lutou na Europa durante a Segunda Guerra Mundial e ajudou a libertar vários campos de concentração antes de atuar em tribunal.</p>
<p>Aos 27 anos, foi nomeado promotor-chefe do julgamento dos Einsatzgruppen em Nuremberg – no qual 22 nazistas foram julgados por crimes contra a humanidade.</p>
<p>Os julgamentos de Nuremberg foram realizados pelos Aliados depois que a Alemanha foi derrotada em 1945, com o objetivo de levar os nazistas à justiça por crimes cometidos durante a Segunda Guerra.</p>
<p>O julgamento de Einsatzgruppen foi seu primeiro processo judicial, mas as evidências que Ferencz descobriu perfeitamente registradas e documentadas no quartel-general nazista permitiram que ele encerrasse o caso com sucesso em apenas dois dias.</p>
<p>Os homens em julgamento comandavam os esquadrões de extermínio itinerantes da SS, matando entre eles cerca de um milhão de vítimas.</p>
<p>Em sua declaração de abertura, ele disse: “A vingança não é nosso objetivo. Tampouco buscamos apenas uma retribuição justa. Pedimos a este tribunal que afirme por meio de ação penal internacional o direito do homem de viver em paz e com dignidade, independentemente de sua raça ou credo. O caso que apresentamos é um apelo à humanidade.”</p>
<p>Todos os arguidos foram condenados por crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Muitas vezes é considerado o maior julgamento de assassinato da história.</p>