A missão lunar russa Luna-25, a primeira em quase meio século, enfrentou um fim trágico ao colidir com a Lua após perder o controle durante sua tentativa de pouso no polo sul lunar.
Esta missão marcava um retorno significativo da Rússia à exploração lunar, porém, o veículo não tripulado de 800 kg enfrentou problemas críticos ao se deslocar para sua órbita pré-pouso. A sonda foi projetada para ser a pioneira em pousar no polo sul da Lua, com o intuito de explorar uma região que os cientistas acreditam conter água congelada e elementos preciosos.
As informações preliminares indicam que a sonda "deixou de existir como resultado de uma colisão com a superfície lunar", de acordo com um comunicado oficial. A Roscosmos, agência espacial russa, anunciou que uma comissão especial será formada para investigar as razões por trás do fracasso da missão.
Este incidente representa um golpe significativo para a Roscosmos, que já enfrenta um declínio em seu programa espacial civil devido ao redirecionamento de financiamento para atividades militares.
Enquanto isso, a Índia também estava competindo na corrida ao polo sul da Lua com sua espaçonave Chandrayaan-3, programada para pousar na próxima semana. Uma vez pousada, a Chandrayaan-3 coletará dados e imagens da superfície lunar, especialmente em regiões permanentemente na sombra, onde acredita-se haver a possibilidade de encontrar água congelada.
A missão Luna-25 já era considerada arriscada pela Roscosmos e seu fracasso ressalta a complexidade e desafios da exploração espacial. A sonda foi lançada do Cosmódromo de Vostochny, na Rússia, em agosto, e havia entrado na órbita lunar com sucesso. No entanto, não conseguiu realizar o pouso suave que era esperado.
Embora tanto os Estados Unidos quanto a China já tenham conseguido pousar na superfície lunar, esta missão russa tinha como objetivo inédito conquistar o polo sul lunar.