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Ministro nega pedido de Bolsonaro para adiar depoimento à PF

Alexandre de Moraes rejeita solicitação da defesa do ex-presidente, afirmando que ele não tem direito de escolher a data do interrogatório e que teve acesso integral às provas.

Escrito por
Redação
February 20, 2024
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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou o pedido da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para adiar seu depoimento à Polícia Federal (PF) no caso que investiga uma suposta organização criminosa para elaborar um golpe de Estado.

Moraes afirmou que Bolsonaro não tem razão ao afirmar que não lhe foi garantido o acesso integral a todas as diligências e provas juntadas aos autos. O ministro também destacou que não cabe ao investigado escolher a data e horário de seu interrogatório.

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Bolsonaro foi intimado a comparecer à PF na próxima quinta-feira (22) para prestar esclarecimentos sobre a suposta trama golpista. Mais cedo, os advogados do ex-presidente pediram o adiamento do depoimento, afirmando que ele “opta, por enquanto, pelo uso do silêncio”.

Em sua decisão, Moraes afirmou que não há qualquer impedimento para a manutenção da data agendada para o interrogatório, uma vez que os advogados do investigado tiveram integral acesso aos autos.

O ministro também ressaltou que, embora a Constituição Federal garanta o direito ao silêncio e o privilégio contra a autoincriminação, não é permitido ao investigado ou réu se recusar a participar de atos procedimentais ou processuais futuros estabelecidos legalmente dentro do devido processo legal.

Bolsonaro é um dos alvos na Operação Tempus Veritatis, deflagrada há quase duas semanas pela PF. Ele teve o passaporte apreendido e foi proibido de se comunicar com os demais investigados. Segundo a PF, o grupo investigado é suspeito de tentar “viabilizar e legitimar uma intervenção militar” no Brasil.

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