Na noite desta sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou a manutenção das prisões preventivas de três colaboradores do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e converteu em preventiva a prisão do presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. A decisão foi divulgada pelo próprio STF.
Os quatro indivíduos foram detidos na quinta-feira, durante a Operação Tempus Veritatis da Polícia Federal, que investiga supostas tentativas de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022, envolvendo Bolsonaro, militares e aliados.
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Quanto a Valdemar Costa Neto, Alexandre de Moraes concedeu 24 horas para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa, além de deferir o pedido de vista dos autos pelos advogados. Inicialmente alvo de mandado de busca e apreensão, Costa Neto foi preso em flagrante por porte ilegal de arma.
Os demais detidos são o ex-assessor especial de Bolsonaro Filipe Martins Garcia; o coronel do Exército Marcelo Costa Câmara, também ex-assessor especial; e o major Rafael Martins de Oliveira.
Segundo as investigações, o grupo teria elaborado uma minuta de decreto com o intuito de executar um golpe de Estado. Filipe Martins e o advogado Amauri Feres Saad, apontado como mentor intelectual da minuta, entregaram o documento a Bolsonaro em 2022. O texto inicial previa as prisões dos ministros do Supremo Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Após solicitação de mudanças por Bolsonaro, o novo texto manteve a prisão de Moraes e a convocação de novas eleições, retirando as prisões de Mendes e Pacheco.