O ministro das Finanças de Israel, Betzalel Smotrich, líder do partido de extrema direita Sionismo Religioso, tomou a decisão de congelar um plano de desenvolvimento de € 617 milhões para Jerusalém Oriental. A medida foi motivada pela inclusão de um programa preparatório para estudantes árabes na Universidade Hebraica de Jerusalém. O plano tinha como objetivo financiar projetos de desenvolvimento na região, mas Smotrich alega que a inclusão do programa para estudantes árabes não está alinhada com suas visões políticas.
A decisão do ministro Smotrich foi duramente criticada tanto dentro do governo israelense quanto pela comunidade internacional. Diretores da Universidade Hebraica argumentam que a medida prejudica a inclusão e a educação de jovens palestinos, levando-os a um caminho de dificuldades e possivelmente à criminalidade. Rami Tareef, curador do Museu de Israel, também expressou descontentamento com a decisão, afirmando que investir em cultura, arte e educação é uma maneira de afastar as pessoas da violência.
Membros do governo de coalizão tentam persuadir o ministro das Finanças a reverter sua decisão, mas Smotrich se mantém inflexível, afirmando que não se desculpará por promover seus valores. O ministro tem como objetivo reduzir o financiamento para a população palestina, o que tem gerado críticas não apenas dentro do país, mas também de aliados, como os Estados Unidos.
Recentemente, os Estados Unidos classificaram um ataque de colonos israelenses que resultou na morte de um palestino como "terrorista", criticando a violência da extrema direita israelense. O governo dos EUA afirmou que espera que a justiça seja aplicada com rigor em todos os casos de violência extremista, independentemente dos autores.
