<p>Dentre as 505 delegacias especializadas no atendimento à mulher no Brasil, apenas 57 (ou 11,3%) funcionam 24 horas por dia. Após a implementação da nova lei, sancionada pelo Presidente Lula, garantir atendimento 24 horas de forma interrupta, inclusive em feriados e fins de semana, os estados terão de correr para converter cerca de 440 unidades ao novo modelo adotado.</p>
<p>Em Manaus, das três Deam, apenas uma segue o regime 24h. Mas há estados, como Santa Catarina, sem unidades dedicadas exclusivamente ao atendimento de mulheres. Enquanto isso, São Paulo, por exemplo, tem em torno de 140 unidades especializadas para o público feminino, mas só 11 atendem continuamente. Já a Bahia tem 22 especializadas e nenhuma no regime 24 h.</p>
<p>Em Roraima, Distrito Federal e Amapá todas as delegacias da mulher são plantonistas, no entanto, não passam de três unidades em cada uma dessas unidades federativas. O número é baixo, considerando que são áreas com população de 652 mil a mais de 3 milhões de pessoas.</p>
<p>Já no Rio de Janeiro, o cenário é outro, todas as 14 unidades da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) já funcionam neste formato desde 2019.</p>
<h2><strong>Mas, o que dizem os Governos Estudais?</strong></h2>
<p>Os governos estaduais não informaram prazos precisos para adotar o funcionamento ininterrupto em 100% de suas delegacias dedicadas ao público feminino. Também não disseram quando pretendem ampliar a quantidade de unidades especializadas nesse tipo de atendimento. Boa parte disse que vai se "adequar" à mudança ou está estudando a implementação do novo modelo.</p>
<p>Leis locais anteciparam a nova exigência federal no Rio de Janeiro e Pernambuco, onde a adoção de delegacias em tempo integral é prevista desde setembro de 2019 e março de 2023, respectivamente.</p>
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<h3><strong>Confira o balanceamento:</strong></h3>
<p>Acre: duas delegacias da mulher; nenhuma funciona 24 h</p>
<p>Amapá: três delegacias da mulher; todas 24 h</p>
<p>Amazonas: três delegacias da mulher na capital; apenas uma 24 h</p>
<p>Alagoas: três delegacias da mulher, sendo uma 24 h</p>
<p>Bahia: 22 delegacias da mulher; nenhuma 24 h</p>
<p>Ceará: 10 delegacias da mulher, sendo duas 24 h</p>
<p>Distrito Federal: as duas delegacias da mulher são 24 h</p>
<p>Espírito Santo: 14 delegacias da mulher, sendo uma 24 h</p>
<p>Goiás: 27 delegacias da mulher, sendo uma 24 h</p>
<p>Maranhão: 22 delegacias da mulher, sendo uma 24 h</p>
<p>Mato Grosso: oito delegacias da mulher, mas nenhuma é 24 h</p>
<p>Mato Grosso do Sul: 13 delegacias da mulher, sendo uma 24 h</p>
<p>Minas Gerais: 69 delegacias da mulher, sendo uma 24 h</p>
<p>Pará: 23 delegacias especializadas, sendo quatro 24 h</p>
<p>Paraíba: 14 delegacias da mulher, sendo uma 24 h</p>
<p>Paraná: 21 delegacias da mulher, sendo uma 24 h</p>
<p>Pernambuco: 15 delegacias da mulher; seis 24 h</p>
<p>Piauí: 13 delegacias da mulher, sendo uma 24 h</p>
<p>Rio de Janeiro: 14 delegacias da mulher, sendo todas 24 h</p>
<p>Rio Grande do Norte: 12 delegacias da mulher, sendo uma 24 h</p>
<p>Rio Grande do Sul: 21 delegacias da mulher, sendo uma 24 h</p>
<p>Rondônia: oito delegacias da mulher; nenhuma funciona 24 h</p>
<p>Roraima: uma delegacia da mulher, que já funciona 24 h</p>
<p>Santa Catarina: não tem delegacia especializada ao atendimento da mulher, mas possui 32 delegacias que atendem idosos, adolescentes crianças e mulheres</p>
<p>São Paulo: 140 delegacias da mulher; 11 são 24 h</p>
<p>Sergipe: 11 delegacias da mulher, sendo uma 24 h</p>
<p>Tocantins: 14 delegacias da mulher; nenhuma delas funciona 24 h</p>