Ao menos 1500 profissionais reduziram os atendimentos não urgentes em hospitais enquanto aguardam o ressarcimento, essa redução afeta consultas e exames agendados. Diante do atraso foram enviados ofícios à Secretaria de Saúde (SES-AM), Casa Civil e Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM). São no total 15 empresas que reclamam os atrasos.
O Ministério Público do Amazonas (MPAM), instaurou na última quinta-feira (30/11), um Inquérito Civil para investigar a atuação da saúde pública no Estado. O inquérito ocorreu devido a um comunicado divulgado pelas prestadoras de serviço da Secretaria Estadual de Saúde relatando a falta de pagamentos.
De acordo com o comunicado, são quinze empresas com atrasos referentes aos anos de 2021, 2022, agosto, setembro e outubro de 2023. O documento também solicita a garantia do pagamento para o orçamento de 2024.
A Secretaria Executiva de Orçamento da Secretaria de Fazenda do Amazonas (Sefaz) informou, na última segunda-feira (4) que não é possível a abertura de crédito sem compensação no montante de R$ 453.421.781,41 (453,4 milhões de reais) para quitar as dívidas com os contratos até o outubro de 2023.
O CRM-AM divulgou que irá realizar na próxima quinta-feira (7), uma assembleia geral no auditório Maria Eglantina Nunes Rondon para tratar sobre os atrasos nos pagamentos de profissionais da saúde.
Confira as 15 empresas que reclamam dos atrasos:
- Instituto de Traumato Ortopedia (ITO-AM)
- Clínica Neurocirúrgica do Amazonas (CNA)
- Sociedade de Pediatria Clínica (COOAP)
- Sociedade Dos Pediatras (COOPED)
- Instituto Médico de Clínica e Pediatria (IMED)
- Instituto de Cirurgia do Estado do Amazonas (ICEA)
- Anestesiologistas Associados do AM (AAA)
- Cooperativa de Clínica Médica (Cooperclim)
- Cooperativa de Neonatologia (Coopaneo)
- Instituto de Ginecologia e Obstetrícia (Igoam)
- Instituto de Neurocirurgia Endovascular (Neuroendo)
- Eletrofisio
- União Vascular de Serviços Médicos (Univasc)
- Sociedade Amazonense de Patologias Pediátricas (Sapp)
- Cooperativa de Intensivistas (Coopati)
O Diário da Capital entrou em contato com a assessoria da Sefaz e da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) para demais esclarecimentos, mas até o fechamento desta matéria não obteve retorno.