Durante o julgamento do ex-jogador brasileiro Daniel Alves na Espanha, médicos que prestaram depoimento confirmaram ter encontrado DNA dele no material coletado dentro do corpo da espanhola que o acusa de violência sexual.
As análises, realizadas em fevereiro do ano passado quando o processo ainda estava em segredo de Justiça, indicaram restos de sêmen de Alves, de acordo com fontes da investigação citadas pela imprensa espanhola.
Os médicos reafirmaram essa descoberta durante o depoimento no último dia do julgamento, que também contou com a esperada fala de Daniel Alves. No entanto, a Justiça de Barcelona está considerando prolongar o julgamento até quinta-feira caso o depoimento do ex-jogador se estenda.
O brasileiro, que nega as acusações, chegou algemado e escoltado por policiais à sessão desta quarta, iniciada por volta das 15h15 no horário local.
Durante o julgamento, um psicólogo que acompanhou a mulher que denunciou o estupro afirmou que ela desenvolveu sintomas pós-traumáticos ao ouvir pessoas falando em português, idioma que Alves e seus amigos falavam na boate onde teria ocorrido o estupro.
Esta será a primeira vez que Daniel Alves falará publicamente sobre o caso desde que foi preso, em 20 de janeiro de 2023, enquanto prestava depoimento em uma delegacia de Barcelona. O ex-jogador alega estar embriagado no momento do ocorrido, o que pode reduzir sua pena caso seja comprovado.
A expectativa é que o tribunal decida sobre o caso nos próximos dias, enquanto Daniel Alves permanece em prisão preventiva. O Ministério Público espanhol pede nove anos de prisão para o jogador, enquanto a defesa da mulher que o denunciou quer uma sentença maior, de 12 anos.