O coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, prestou um depoimento à Polícia Federal que durou aproximadamente 9h. O depoimento teve início na segunda-feira (11) e se estendeu até a madrugada de terça-feira (12).
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O advogado do militar, Cezar Bittencourt, afirmou à TV Brasil que o depoimento foi positivo, tanto para Mauro Cid quanto para as investigações em andamento. Ele disse que foram esclarecidos desdobramentos relativos à suposta tentativa de golpe de Estado, porém, sem fornecer detalhes sobre o conteúdo do depoimento.
Segundo informações da TV Brasil, Mauro Cid respondeu a perguntas sobre a investigação que apura fraude no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro e sobre joias que teriam sido recebidas por ele da Arábia Saudita. Mensagens encontradas no celular de Cid indicam que, apesar de relatórios e reuniões garantirem a segurança das urnas eletrônicas, houve continuidade na elaboração de um suposto golpe.
O ex-ajudante de ordens é apontado como articulador da emissão de cartões falsos de vacinação para covid-19 para Bolsonaro e seus familiares. Outro inquérito investiga suspeitas de que, com a ajuda de assessores e pessoas próximas, Bolsonaro teria tentado apropriar-se indevidamente de joias que teriam sido presentes de autoridades públicas sauditas. Devido ao valor das joias, estas deveriam, legalmente, passar a compor o patrimônio da União.
Este foi o sétimo depoimento de Mauro Cid na Polícia Federal. Em três ocasiões anteriores, ele optou por permanecer em silêncio. Após firmar um acordo de delação premiada, o coronel passou a responder a todas as perguntas feitas nos últimos quatro interrogatórios.