A abertura da 60ª edição do Salão Internacional da Agricultura da França foi marcada por tumultos e confusão, quando manifestantes invadiram o local antes da chegada do presidente Emmanuel Macron, por volta das 8h da manhã de sábado.
Representantes da Coordenação Rural, da Federação Nacional de Sindicatos de Produtores Agrícolas (FNSEA) e dos Jovens Agricultores estavam entre os manifestantes. Eles procuraram Macron nos corredores da exposição e entraram em confronto com a polícia que tentava detê-los.
Apesar da intervenção policial para conter os manifestantes, eles continuaram a protestar, gritando “Macron demissão” e “A caça ao Macron está aberta!”.
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Tradicionalmente, a visita do presidente e de outros políticos ao Salão da Agricultura é um momento muito midiatizado e importante para medir o apoio ao governo. Após meses de protestos dos agricultores, a visita de Macron era aguardada com expectativa.
Diante da situação, Macron realizou uma reunião improvisada com agricultores e representantes sindicais, acompanhado pelo ministro da Agricultura, Marc Fesneau, e pela ministra delegada da mesma pasta, Agnès Pannier-Runacher. O presidente pediu calma para que o evento pudesse abrir formalmente e anunciou medidas para o setor agrícola, incluindo o reconhecimento da agricultura e alimentação como um grande interesse nacional da França.
Macron também anunciou uma reunião com todas as organizações sindicais dentro de três semanas no Palácio do Eliseu, sede da presidência, para reconstruir a confiança com os agricultores.