Em visita à Câmara Municipal de Manaus (CMM), o secretário municipal de Habitação, Jesus Alves, afirmou que o Amazonas é um dos estados com maior déficit habitacional do Brasil. Na tribuna, o secretário apresentou o atual quadro da pasta que trata de moradias na capital amazonense.
“Segundo a Fundação João Pinheiro, em parceria com o Ministério das Cidades, o Amazonas, ao lado do Maranhão, são as unidades da Federação que têm maior déficit habitacional. Só na nossa capital, o déficit é de 119 mil habitações”, destacou o secretário.
A gestão de Jesus, por outro lado, aposta na retomada do programa Minha Casa, Minha Vida para retomar a política habitacional na cidade. Segundo ele, o retorno do programa vai possibilitar a Manaus um número mínimo de unidades habitacionais cuja ordem de serviço deverá ser assinada nos próximos meses pelo ministro das Cidades, Jader Filho. “O governo Lula restabeleceu o programa Minha Casa, Minha Vida. Independente das questões partidárias nos últimos cinco anos, nenhuma unidade habitacional havia sido alocada para o Amazonas. O programa já começa nos dando essa possibilidade de iniciarmos com pé direito”, afirmou.
Jesus Alves esclareceu ainda que o programa exige que as moradias sejam construídas em locais onde já existem os “equipamentos comunitários”. “Vamos imaginar uma cidade como Jutaí. É a menor cidade que temos no nosso estado. Se faziam 4 mil unidades habitacionais em um empreendimento. A média de moradores em Manaus é de 3.27. Você tinha de imediato quase 12 mil morando no mesmo local. De um dia para outro criou-se uma cidade e sem acesso aos serviços necessários para exercer a sua cidadania”, acrescentou.
Ainda segundo o secretário, todos os terrenos selecionados para a construção de moradias estão dentro da área urbana e com acesso aos equipamentos comunitários. A secretaria municipal de Habitação foi recriada no final de maio pelo prefeito David Almeida (Avante). Ela abriga Jesus Alves, nome ligado ao senador Eduardo Braga, que concorreu a deputado estadual pelo MDB.
A secretaria foi extinta pelo ex-prefeito Arthur Neto (sem partido) numa redução do secretariado durante o primeiro ano da pandemia de covid-19, em 2020. Apesar de ter sido recriada, não consta espaço orçamentário para a secretaria no orçamento de 2023, fechado no ano passado.