Manaus fica de fora de programa federal contra desmatamento; 9 municípios do AM são prioridade 

Manaus não aderiu ao programa União com Municípios, criado pelo governo federal em 2023 para apoiar ações de combate ao desmatamento e à degradação ambiental. A capital amazonense ficou de fora da iniciativa, que já conta com a participação de nove municípios do estado considerados prioritários pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Cada município recebe apoio financeiro para a criação de escritórios de governança ambiental e pode ser contemplado com novos investimentos à medida que apresentam redução nos índices de desmatamento. Participam do programa as cidades de:

• Apuí;
• Boca do Acre;
• Canutama;
• Humaitá;
• Itapiranga;
• Lábrea;
• Manicoré;
• Maués;
• Novo Aripuanã. 

O programa tem como foco a regularização fundiária e ambiental, a assistência técnica rural e a recuperação de áreas degradadas. A meta é beneficiar até 30 mil famílias em cinco anos, com recursos provenientes do Fundo Amazônia e do Projeto Floresta+ Amazônia.

Segundo o governo federal, a lista de municípios prioritários é atualizada anualmente com base em dados do Prodes e do DETER, sistemas de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em 2025, foram incluídas mais 11 cidades, totalizando 81 municípios que respondem por cerca de 71% do desmatamento registrado em 2024 na Amazônia Legal.

Durante evento que celebrou os 17 anos do Fundo Amazônia, no dia 12 de agosto, o secretário-executivo do MMA destacou a importância da parceria com os municípios: “Se formos bem-sucedidos nessa parceria, estaremos de imediato reduzindo o desmatamento na Amazônia”, afirmou.

Na ocasião, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciaram um novo investimento de R$ 210 milhões no Fundo Amazônia. Deste total, R$ 150 milhões serão destinados exclusivamente ao financiamento do programa União com Municípios. Além do Amazonas, a iniciativa é implementada também nos estados do Acre, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima.

O Diário da Capital entrou em contato com a Prefeitura de Manaus para questionar os motivos da não adesão ao programa, mas não obteve resposta até o momento. O espaço permanece aberto para manifestação.