Na manhã deste sábado (10), diversos bairros de Manaus amanheceram com níveis críticos de qualidade do ar, influenciados pelas queimadas no Sul do Amazonas e em estados vizinhos. De acordo com o aplicativo Selva, os bairros Alvorada, na zona Centro-Oeste, e Compensa, na zona Oeste, registraram índices de 75,5 µg/m³ e 83 µg/m³, respectivamente, classificados como “muito ruins” para a saúde.
Outras regiões da cidade, como o Centro, Flores, Chapada e Parque Dez de Novembro, na zona Centro-Sul, apresentaram níveis “ruins” de qualidade do ar. Nos bairros Japiim, zona Sul, e Novo Israel, zona Norte, os índices foram considerados “moderados”.
O Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) divulgou um panorama preocupante sobre os focos de calor no estado. Municípios como Apuí, Lábrea, Novo Aripuanã, Manicoré e Humaitá, no Sul do Amazonas, lideram o ranking de ocorrências, contribuindo significativamente para os 45.226 focos de calor registrados na Amazônia Legal até o momento.
Operação Céu Limpo
Na tarde de sexta-feira (9), agentes do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) combateram um incêndio em uma área de vegetação na avenida Efigênio Salles, na zona Centro-Sul de Manaus, que gerou uma grande quantidade de fumaça. Foram necessários 400 litros de água para extinguir as chamas.
Na manhã deste sábado, uma espessa camada de fumaça cobriu Manaus, um fenômeno atribuído principalmente às queimadas que ocorrem no Sul do Amazonas e em estados vizinhos. A Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) destacou que a situação se assemelha à crise do ano passado, quando Manaus foi classificada como a capital com a pior qualidade do ar, devido à seca histórica registrada em 2023, que se repete em 2024.
O sistema “Selva”, desenvolvido pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), revelou que os bairros das zonas Sul e Oeste foram os mais afetados. No Morro da Liberdade, por exemplo, o índice de poluição do ar atingiu 89,9 µg/m³, enquanto em Aparecida chegou a 82,3 µg/m³. No bairro Compensa, o nível atingiu 83,2 µg/m³ em determinado momento da manhã.
O sistema também indicou que, em várias partes da cidade, os níveis de poluição superaram 51 µg/m³, patamar considerado prejudicial à saúde humana