Saúde

Mais de 3 mil casos de malária são registrados entre janeiro e agosto em Manaus 

Foram notificados 3.853 casos de malária em Manaus, com maior incidência durante o período sazonal; principais sintomas incluem febre, calafrios e dor de cabeça

Escrito por Redação
2 de setembro de 2025
Foto: Divulgação/Semsa

De janeiro a agosto de 2025, Manaus notificou 3.853 casos de malária, um aumento de 9,6% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 3.516 casos. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), por meio do Sivep-Malária/Ministério da Saúde. 

Do total de casos neste ano, 1.766 ocorreram durante o período sazonal da malária, que vai de junho a setembro, época em que há aumento da incidência da doença na capital amazonense.

O chefe da Divisão de Controle de Doenças Transmitidas por Vetores da Semsa, Alciles Comape, alerta que a febre é o principal sintoma da malária e que as pessoas devem ficar alertas para suspeitar da doença e procurar uma unidade de saúde para realizar o exame.

“A malária é endêmica na região amazônica e a população deve sempre se manter atenta e suspeitar da doença, principalmente em caso de apresentar sintomas como a febre depois de visitar locais de risco para transmissão. Muitas pessoas têm febre, mas por residirem em áreas urbanas não suspeitam de malária. Acham que é sintoma de gripe ou outra doença, o que atrasa o diagnóstico e o tratamento”, alerta Alciles Comape.

Sintomas da malária

A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada pelo protozoário Plasmodium, transmitido pela picada da fêmea do mosquito Anopheles. O aparecimento dos sintomas ocorre, em média, entre 12 e 15 dias após a picada do mosquito. Os sintomas mais comuns incluem:

  • febre alta;
  • calafrios e tremores;
  • sudorese;
  • dor de cabeça.

Diagnóstico

O diagnóstico rápido é fundamental para interromper a cadeia de transmissão, pois pessoas infectadas, mesmo com sintomas leves ou assintomáticos, podem continuar espalhando o parasita. Além disso, a Semsa ampliou os pontos de atendimento para diagnóstico da malária.

  • Zona urbana: de 10 para 41 pontos de atendimento, incluindo unidades de saúde e Bases de Controle de Endemias.
  • Zona rural: 21 pontos de atendimento.
Foto: Divulgação/Semsa

Recomendações de prevenção

Profissionais de saúde recomendam que familiares e acompanhantes de pessoas que estiveram em áreas de risco realizem o exame, mesmo sem sintomas, devido à possibilidade de infecção assintomática. Além disso, alertam para a importância de adotar medidas preventivas ao visitar essas regiões:

  • Utilizar repelente;
  • Evitar exposição nos horários de maior atividade do mosquito (amanhecer e entardecer);
  • Usar roupas de mangas compridas e calças, principalmente em trilhas ou matas.
Foto: Divulgação/Internet

Foto: Divulgação/Internet 

Em Manaus, o controle da malária é feito por meio de diversas estratégias, incluindo: 

  • Uso de mosquiteiros em áreas endêmicas;
  • Monitoramento de criadouros naturais e artificiais, como tanques de piscicultura;
  • Busca ativa de casos e identificação de pessoas assintomáticas;
  • Aplicação de fumacê (termonebulização) e uso de biolarvicidas para controle do mosquito.

Riscos da malária

A malária tem cura e o tratamento é gratuito, mas se não for diagnosticada e tratada rapidamente, pode evoluir para formas graves, afetando órgãos vitais. Outros riscos desencadeados pela doença:

  • anemia severa; 
  • complicações respiratórias;
  • continuidade da transmissão (pessoas infectadas, mesmo assintomáticas, podem espalhar o parasita); 
  • morte, se não houver tratamento precoce.

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