<p>Cerca de 6 mil indígenas participaram do ato "Ouro de sangue: marcha contra o garimpo que mata e desmata", em Brasília, durante a tarde desta segunda-feira (11). O grupo está acampado na capital federal desde segunda-feira (4).</p>
<p>Eles defendem a demarcação de territórios e protestam contra a chamada "agenda anti-indígena", composta pelo julgamento do Marco Temporal no Supremo Tribunal Federal (STF) e por projetos de lei que liberam a exploração de terras, o licenciamento ambiental e o uso de agrotóxicos.</p>
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<figure class="wp-block-image size-full"><img src="https://diariodacapital.com/wp-content/uploads/2022/04/ato-indigenas-amanda-1-caminham-1.webp" alt="" class="wp-image-1103"/><figcaption>Indígenas fazem caminhada, em Brasília, contra uso de terras pelo garimpo ��� Foto: Amanda Sales/ g1</figcaption></figure>
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<p>Os indígenas seguiram pela Esplanada dos Ministérios até o Ministério de Minas e Energia. Em frente ao prédio, eles usaram lama e tinta vermelha para representar a destruição e a morte causadas pelos garimpos.</p>
<p>Nos vidros, o grupo escreveu, com argila, frases contrárias ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Caixas simbolizando barras de ouro, manchadas de sangue, foram colocadas na porta.</p>
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<figure class="wp-block-image size-large"><img src="https://diariodacapital.com/wp-content/uploads/2022/04/ato-indigenas-caixoes-lama-994x1024.webp" alt="" class="wp-image-1104"/><figcaption>Caixas simbolizando barras de ouro, sujas de sangue e lama, foram deixadas em frente ao Ministério de Minas e Energia por indígenas que protestam contra o garimpo — Foto: Amanda Sales/ g1</figcaption></figure>
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<p>Bandeiras do Brasil, manchadas com tinta vermelha para representar a morte dos povos indígenas e o retrocesso nas políticas ligadas ao meio ambiente, foram exibidas ao longo da caminhada.</p>
<p>A Polícia Militar acompanhou a manifestação. Três faixas do Eixo Monumental chegaram a ser fechadas. Não houve incidentes.</p>
<h2>Acampamento Terra Livre</h2>
<p>Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), mais de 6 mil indígenas de 172 povos, participam do <strong>Acampamento Terra Livre 2022</strong> (ATL), que deve ficar montado na capital federal até o dia 14 de abril.</p>
<p>O encontro é considerado o maior do país e ocorre no mesmo período em que o Congresso Nacional deve votar textos como o do Projeto de Lei 191/2020, que autoriza a mineração em terras indígenas. No começo de março, a Câmara dos Deputados aprovou a urgência para votação do PL.</p>
<p>Além de regras para a mineração, o texto estabelece normas para a exploração de hidrocarbonetos, como petróleo, e a geração de energia elétrica nestes territórios. O projeto está entre os alvos do <strong>Ato pela Terra</strong>, manifestação de artistas liderada pelo cantor e compositor Caetano Veloso, em Brasília, em março passado, e que denunciou o "pacote de destruição ambiental proposto pelo governo do presidente Jair Bolsonaro" (PL).</p>
<p>Fonte: <a href="https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2022/04/11/indigenas-jogam-lama-e-tinta-vermelha-no-ministerio-de-minas-e-energia-em-brasilia-durante-ato-contra-garimpo.ghtml">g1</a></p>