O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a solução para resolver o alto endividamento no rotativo do cartão de crédito não prejudicará nem os consumidores nem o comércio. Ele ressaltou que é necessário ter cautela para não afetar as compras realizadas no comércio, especialmente o parcelamento sem juros, que representa mais de 70% das compras.
Haddad enfatizou que a solução precisa ser cuidadosamente pensada para não gerar um novo problema enquanto tenta resolver o endividamento no rotativo do cartão de crédito. Ele reconheceu que a taxa de juros do crédito rotativo é alta e que é necessário encontrar uma solução, mas sem prejudicar aqueles consumidores que pagam suas contas em dia.
Uma das propostas sugeridas pelos bancos para reduzir as taxas de juros do rotativo é o fim das compras parceladas sem juros. No entanto, Haddad destacou que os bancos precisam apresentar dados que justifiquem essa medida, o que ainda não foi feito.
O ministro informou que um grupo de trabalho composto por representantes do Ministério da Fazenda, Banco Central, Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Câmara dos Deputados e Senado trabalhará para encontrar uma solução em até 90 dias.
Atualmente, a taxa média de juros do crédito rotativo é alta, fechando junho em 437,3% ao ano, de acordo com o Banco Central. Haddad enfatizou que não há uma proposta oficial dos bancos em relação ao rotativo, e que a solução será encontrada por meio do grupo de trabalho.
Além disso, Haddad também esclareceu declarações anteriores sobre a concentração de poderes entre os deputados na Câmara dos Deputados. Ele afirmou que não pretendia criticar a atual legislatura e que sua intenção era promover uma relação mais harmônica entre os poderes, visando melhores resultados.
