Alguns golpes são comuns durante a época do Carnaval. Falsas redes Wi-fi, cartão trocado e até fraude durante pagamentos via Pix são os crimes mais vistos durante essa época, como aponta um levantamento feito pelo Will Bank.
No entanto, algumas dicas simples de segurança podem ajudar o folião a não ter dor de cabeça durante a festa, como evitar conectar-se a Internet por uma rede pública e utilizar um cartão de crédito temporário. Confira os golpes mais comuns no Carnaval e saiba como se proteger para curtir a folia sem dor de cabeça.
1. Golpe da falsa rede Wi-Fi
A demanda por conexão sem fio é alta e os golpistas se aproveitam disso para criar redes Wi-Fi falsas, geralmente imitando nomes de empresas que prestam esse serviço legalmente. A ideia é atrair as vítimas para uma rede supostamente gratuita e roubar dados sensíveis, como senhas de banco, e-mail, redes sociais e outras credenciais de acesso.
2. Golpe da Maquininha
Outro golpe muito comum no Carnaval é o da maquininha. Golpistas se aproximam das vítimas e usam a máquina para debitar valores, sem que ela perceba. No entanto, alguns criminosos conseguem também roubar dados confidenciais do cartão de crédito e os usam indevidamente. Outra modalidade envolvendo a maquininha é a da tela quebrada, no qual a vítima não consegue visualizar exatamente o valor cobrado.
3. Golpe do cartão trocado
Também no meio da aglomeração, criminosos se aproveitam da desatenção da vítima na hora de pagar alguma coisa, para trocar o cartão dela por outro muito parecido. A tática é aplicada sempre que a pessoa mal intencionada consegue memorizar a senha do cartão original. Com isso, ao trocá-los, e com a senha decorada, o criminoso consegue fazer saques e compras indevidamente.
4. Golpe do Pix
Nesta modalidade de golpe, os criminosos alegam que a maquininha para leitura com QR Code está com algum problema, ou sem conexão com a internet, e a substituem por outra supostamente sem defeito. Neste caso, infelizmente, o dispositivo novo é modificado e o valor da compra é adulterado, fazendo com que a vítima pague um valor muito mais elevado do que aquele combinado previamente com o suposto vendedor.
Caí num golpe; o que fazer?
De acordo com Daniele Ferreira, especialista em segurança digital e consultora do Will Bank, ao perceber que foi vítima de um golpe, o folião deve buscar outro dispositivo com acesso à internet para agir imediatamente.
O primeiro passo é notificar as instituições financeiras para bloquear qualquer compra, saque ou empréstimo realizado indevidamente. Se o celular tiver sido furtado, a especialista recomenda ativar as ferramentas de bloqueio remoto e rastreamento para localizar o aparelho.
Além disso, Daniele sugere o uso de aplicativos como Celular Seguro, que permite bloquear o smartphone e restringir o acesso a aplicativos bancários e de transporte.
1. Evite utilizar redes Wi-Fi públicas
Durante o Carnaval, é comum que a rede de dados móveis fique sobrecarregada e apresente falhas de conexão. Para contornar a falta de acesso à internet, muitos foliões recorrem a redes Wi-Fi públicas.
No entanto, essa prática pode ser perigosa. A falta de segurança dessas redes pode expor informações confidenciais do folião sem consentimento dele — além disso, evite conectar-se a redes compartilhadas por desconhecidos.
Para navegar com mais segurança, o ideal é utilizar uma VPN (Rede Virtual Privada, em português). Esse serviço criptografa os dados e cria uma conexão segura e anônima, que reduz o risco de ataques cibernéticos.
2. Use o app Celular Seguro
Eventos com grande aglomeração, como o Carnaval, costumam ter alta incidência de furtos e roubos de celulares. Para minimizar os danos em caso de perda do aparelho, cadastre o aparelho no aplicativo Celular Seguro, lançado pelo Governo Federal em 2023.
A plataforma permite o bloqueio remoto do telefone pelo IMEI, além de restringir o acesso à linha telefônica e aos aplicativos bancários e de transporte. O serviço é gratuito e está disponível para Android e iPhone (iOS), mas exige que o usuário tenha uma conta Gov.br para ativação.
3. Cartão virtual temporário
Para evitar golpes durante o Carnaval, opte pelo uso de um cartão virtual temporário. Essa alternativa ao cartão físico, oferecida por instituições como Nubank, Banco Itaú, Banco do Brasil e PicPay, gera um cartão com número e código de segurança (CVV) diferentes do original. Além disso, é possível definir um limite de compras e garantir maior controle sobre os gastos. Em caso de perda ou roubo, o usuário pode cancelar o cartão virtual diretamente pelo app do banco.
*Com informações do TechTudo
