O Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) está conduzindo uma ampla pesquisa sobre as condições de saúde bucal e fatores de risco comuns em populações ribeirinhas da Amazônia. O objetivo é gerar evidências que ajudem a orientar políticas públicas e ações integradas de atenção à saúde nessas comunidades.
A pesquisa teve início em 2024 e abrange macrorregiões de saúde dos estados do Amazonas e Pará, com a participação de professores, mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos. O estudo é realizado em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade do Estado do Amazonas (UEA), além de contar com a colaboração de instituições internacionais.
Além das capitais, foram selecionados municípios de diferentes macrorregiões:
No Amazonas:
- Regiões Oeste (21 municípios),
- Central (25 municípios);
- Leste (16 municípios).

Já no estado do Pará, as regiões I, II, III e IV, com cerca de 30 municípios cada. A escolha dos participantes se dá com base no cadastro das equipes de Atenção Básica, priorizando localidades com atuação das equipes fluviais da Estratégia de Saúde da Família (ESF).
O público-alvo da pesquisa é formado por indivíduos das faixas etárias de 15 a 19 anos e de 35 a 44 anos, de ambos os sexos. As condições de saúde bucal são avaliadas por meio de exames clínicos intrabucais, com base em metodologias recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS), já utilizadas em inquéritos nacionais.
Segundo os pesquisadores, o estudo é do tipo transversal e tem como objetivo entender de que forma os hábitos de saúde das pessoas estão ligados ao surgimento de doenças crônicas. A pesquisa também investiga as dificuldades que essas populações enfrentam para acessar os serviços de saúde.
A expectativa é que os resultados do estudo contribuam para a reestruturação dos modelos de cuidado das equipes fluviais e ribeirinhas, melhorando o acesso e a qualidade da atenção à saúde bucal e geral em territórios historicamente vulnerabilizados.
O projeto sobre saúde bucal e fatores de risco em populações ribeirinhas da Amazônia começou em 2024, com apoio da Chamada Pública 21/2023. A pesquisa é realizada nas macrorregiões de saúde do Amazonas e Pará, em parceria com universidades locais e pesquisadores nacionais e internacionais.