Sabe aquele dia que você quer apagar da memória? Ou pelo menos você não vê a hora que passe? Pois bem, o fim de semana foi desta forma para o futebol amazonense. Os três times “vivos” em competições nacionais desenharam seus cenários futuros. Aliás, desses três, reduzimos a dois até o momento.
Na série D, o Nacional venceu de 3 a 2 o Bahia de Feira mas não avançou para o jogo do acesso. O estádio da Colina foi marcado pela torcida azulina que empurrou o time até o fim. Houve duelo de guerreiros mas, não foi o suficiente. Foi um jogo difícil pra eles, pra todos nós da imprensa e para seu torcedor. Confesso que imaginei que seria tenso, principalmente por conta de toda a polêmica do jogo de ida.
Naquele sábado, cheguei mais cedo ao estádio e espalhei água benta por todo o campo. Fiz uma oração especial antes de sair. Entreguei para Deus esse momento e ele cuidou. Foi doloroso aceitar mas, foi desta forma que tinha que ser. No meu relato bem pessoal desta eliminação do Nacional, fica aqui a tolice e a injustiça por parte de alguns torcedores ignorantes que se voltaram contra mim me acusando de “eu ter colocado o Nacional nesta situação”. Teve torcedor me chamado de “repórter filha da p…”. Eu filmei o ordinário mas ele se calou. Na saída, teve torcedor em tom de ameaça pra “eu ter cuidado ao me voltar contra torcida”, como se torcedor tivesse no seu direito moral de fazer tudo no estádio e a gente concordar. Confesso que não entendi muito a abordagem.
Foi amarga a eliminação do Nacional. Ninguém ficou feliz. Mas querem um culpado, e até agora recebo mensagem da minha “incompetência” na assessoria do clube, algo que gentilmente minha agência pegou para cuidar este ano. Pela primeira e última vez. Não quis errar e acertei bem mais. Porém, não vão lembrar disso. Jamais!
Ainda registro o triste episódio entre polícia e torcida. Alguns torcedores protestaram contra a arbitragem e jogaram líquidos contra os árbitros, e a polícia de choque reagiu com spray de pimenta que acabou acertando inocentes. Mulheres e crianças. A Ambulância precisou prestar atendimento. O comportamento das pessoas dentro do estádio, sempre acomete inocentes. É horrível isso! Péssimo!
Se não bastasse esse sábado amargo, logo depois o Amazonas entrou em campo e perdeu. Um jogo horrível, feio. Digno de uma derrota mesmo. Time perdido e sem ações concretas daquilo a que estamos habituados. Três jogos sem vencer, apesar de classificados. O quadrangular está por vir e não vejo um time compacto. A torcida cobra e se preocupa. E com razão!
Daí chego ao domingo, Manaus entra em campo brigando por sua permanência na série C. O jogo foi diante do Floresta e bastava uma vitória e eis que o Gavião foi 100% aquilo do ano todo: apático. Empataram sem gols e estão com um pé no rebaixamento à série D. Um trabalho que começou em 2019, pode acabar com um ano para esquecer. Se teve um fim de semana amargo para o futebol amazonense, o ano foi sem açúcar total para o Manaus.
Como que pode você precisar de seis pontos em casa e conquistar apenas dois? Quanta falta de vitalidade no elenco do Manaus. É medonho, é triste. Mas eu ainda não vou criticar. Ainda não. Não darei nome aos bois, ainda não.
A única coisa que posso assegurar é que foi amargo esse fim de semana. Entramos com três times em disputa nas competições e saímos com dois agora. E daqui 7 dias, seremos apenas um time.
É desolador. Apesar de fazer parte. Afinal, nem sempre vamos viver de bons momentos!
Ah, futebol amazonense! Que vício é você!
Beijocas, galera
Larissa Balieiro
