Nesta quarta-feira (26), Hunter Biden, filho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, compareceu a um tribunal para se declarar culpado de dois crimes fiscais e admitir que comprou uma arma quando não atendia os requisitos legais para isso. O acordo feito com o Departamento de Justiça dos EUA garante que ele não será preso, e os promotores recomendam dois anos de liberdade condicional.
A investigação do Departamento de Justiça sobre Hunter tinha inicialmente como objetivo descobrir se crimes foram cometidos durante o período em que ele trabalhou para empresas estrangeiras, porém, não foram encontradas evidências desses crimes. Durante a investigação, os promotores descobriram que Hunter não pagou impostos em dois anos.
O filho do presidente também enfrentou problemas com vícios em drogas, chegando a usar crack. No período em que estava usando drogas, ele comprou uma arma e mentiu em um documento oficial sobre o uso de drogas ilícitas no momento da compra.
Apesar de evitar um julgamento legalmente, politicamente, adversários do pai de Hunter aproveitam a história para alegar que ele conseguiu um acordo muito positivo.
Esse caso também levanta debates políticos sobre o tratamento de investigações. O ex-presidente Donald Trump e seus apoiadores afirmam que o Departamento de Justiça investiga minuciosamente Trump, enquanto parece "pegar leve" com Hunter Biden.
De acordo com o acordo pré-julgamento, Hunter se declarará culpado de duas acusações fiscais de contravenção por não pagar mais de US$ 100 mil em impostos de mais de US$ 1,5 milhão em receitas em 2017 e 2018. Os impostos atrasados já foram pagos.
Ele também foi acusado de porte de arma de fogo por um conhecido usuário de drogas. Segundo o acordo, ele entrará em um "desvio de acordo", o que significa que não será declarado tecnicamente culpado, mas o caso será apagado de seu registro caso ele cumpra os termos do acordo. Caso contrário, a pena pode chegar a até 10 anos de prisão.