O Amazonas teve um crescimento de quase 10% nos casos de feminicídio de 2022 para 2023, passando de 21 para 23 registros. Esses números refletem uma realidade preocupante que se repete em todo o país.
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O Brasil registrou 1.463 casos de feminicídio no ano passado, o que representa cerca de um caso a cada 6 horas. Esse é o maior número registrado desde que a lei contra feminicídio foi criada, em 2015.
Segundo o relatório publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) na quinta-feira (7), 18 estados apresentaram uma taxa de feminicídio acima da média nacional, de 1,4 mortes para cada 100 mil mulheres.
GEOGRAFICAMENTE
O estado com a maior taxa em 2023 foi Mato Grosso, com 2,5 mulheres mortas por 100 mil. Em segundo lugar, empatados, estão Acre, Rondônia e Tocantins, com taxa de 2,4 mortes por 100 mil. Na terceira posição está o Distrito Federal, com taxa de 2,3 por 100 mil mulheres.
Por outro lado, os estados com as menores taxas foram Ceará (0,9 por 100 mil), São Paulo (1,0 por 100 mil) e Amapá (1,1 por 100 mil).
É importante ressaltar que, no Ceará, há uma expressiva subnotificação de casos de feminicídio. Em 2022, por exemplo, de 264 mulheres assassinadas no estado, apenas 28 casos foram tipificados como feminicídio, o que corresponde a 10,6% do total de assassinatos.
Desde que a lei contra feminicídio foi criada, quase 10,7 mil mulheres foram vítimas desse crime no país. A pesquisa não possui bases anteriores porque não havia uma legislação específica sobre o assunto.