Os Estados Unidos (EUA) reivindicaram, nesta sexta-feira (5), a autoria do assassinatos do líder de um grupo armado pró-iraniano no Iraque. Mushtaq Talib al Saidi, conhecido como Abu Taqua, era o comandante da 12ª Brigada do movimento Al-Nujaba, que integra as Forças de Mobilização Popular (FMP), cujo quartel-general está sediado em Bagdá.
O ataque com drone atingiu um carro em que Abu Taqua estava em movimento, na capital iraquiana. O porta-voz do Pentágono, brigadeiro-general Pat Ryder, disse que o ataque foi um ato de autodefesa, pois Abu Taqua estava envolvido no planejamento e na execução de ataques contra tropas norte-americanas no Iraque e na Síria.
O grupo Al-Nujaba também faz parte da chamada Resistência Islâmica no Iraque, que tem lançado ataques contra alvos norte-americanos na região. Vários dos grupos que compõem a Resistência Islâmica condenaram o ataque e exigiram que o governo iraquiano expulse do país as tropas norte-americanas.
O governo iraquiano condenou o ataque e exigiu que os EUA prestem explicações. O ministro das Relações Exteriores iraquiano, Fuad Hussein, disse que o ataque "viola a soberania do Iraque".
Os EUA têm tropas no Iraque desde a invasão do país em 2003. As tropas norte-americanas e da coligação internacional anti-jihadista destacadas no Iraque e na Síria têm sido alvo quase diariamente de ataques com drones e foguetes desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, em 7 de outubro.
Nas últimas semanas, os grupos armados iraquianos foram alvo de bombardeios em diversas ocasiões, alguns dos quais reivindicados pelos EUA. A Resistência Islâmica reivindicou um ataque com drones a uma base norte-americana no Sul da Síria, a primeira ação depois do ataque norte-americano em Bagdá contra os seus dirigentes.