É, meus amigos. O ano de 2025 sem dúvida está longe de ser o ideal para o futebol amazonense e sem sombra de dúvidas, quem acompanha essa jornada faz tempo começa a enxergar algumas semelhanças de anos atrás. Estaríamos prontos para a dureza do calendário do futebol brasileiro? Para a evolução do futebol? Para as novidades que cercam quem trabalha gestão de futebol?
Se eu falar do campeonato amazonense de 2025, foi um dos mais fracos dos últimos anos na minha opinião. Esperei muitos jogos de combate técnico alto, mas acabei esbarrando em muitos jogos duros e ruins de serem assistidos. Não é à toa que tivemos (eu e meus amigos do Podcast Central do Fora), dificuldades até mesmo para escolher a seleção da rodada. Não vou muito longe, times como o Amazonas caindo ainda na primeira fase da Copa do Brasil. Ou times como o Manaus se agarrando na última gota de rodada a classificação para a fase de grupos da série D.
Como não falar do rebaixamento do Instituto 3B e da ameaça que pairou o clube no começo do ano de nem participar do Brasileiro, justamente por entenderem que para você ser da elite do futebol feminino, a casa de valores de investimentos é superior a cinco milhões de reais. Ok, ok que dinheiro não entra em campo, mas faz muita diferença. É igual aquele velho ditado, se estiver tudo bagunçado aqui dentro, fora não será diferente.
Temos a campanha abaixo do Amazonas na série B e com riscos altíssimos de rebaixamento. A queda dos clubes amazonenses na série D, o Manaus que não chegou nem a terceira fase e o Manauara que parou na mesma fase, porém sem lutar como esperávamos. Agora, escândalo de suspeita de manipulação de resultado no campeonato amazonense feminino, jogos da base paralisados por causa do vandalismo dos próprios adultos nas arquibancadas. Sede do São Raimundo beirando o leilão e por aí vai.
Eu poderia elencar tanta coisa que também aconteceu nos bastidores de quem trabalha com o futebol, o desestímulo, o cansaço. A dificuldade de seguir adiante vendo tanta injustiça e amadorismo juntos.
O ano de 2025 para o futebol amazonense coletivamente não foi bom, e não vejo a hora de acabar. Ficam vários aprendizados para os clubes, para nós da imprensa também. Não podemos ser, novamente, o futebol do “quase”. A gente precisa entrar para ganhar, para competir, para jogar. O torcedor amazonense a cada ano se renova, mas também se perde. Não podemos “quase nos perder”.
O futebol amazonense precisa se achar em organização, em coerência, em competividade. Não pode mais voltar pra onde já estivemos porque a bola se chuta pra frente e é aí que precisamos a caminhar.
Chega de quase!