Na operação que a Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (8), que tem como alvo ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e ex-assessores, quatro mandados de prisão preventiva foram cumpridos.
A operação conta ainda com 33 mandados de busca e apreensão e medidas cautelares como proibição de contatos entre os investigados, retenção de passaportes e destituição de cargos públicos foram executados. Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Os nomes dos alvos não foram divulgados, mas entre os que estão sujeitos a prisão preventiva estão Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro, Marcelo Câmara, coronel do Exército, Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército, Valdemar Costa Neto, presidente do PL, Braga Netto, ex-ministro da Defesa, Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Paulo Sérgio Nogueira, ex-comandante do Exército, almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha, general Stevan Teófilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército, e Tércio Arnaud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro e considerado um dos pilares do chamado "gabinete do ódio".
A investigação aponta que o grupo investigado se dividiu em dois "eixos" de atuação: um para disseminar informações falsas sobre uma suposta fraude nas urnas eletrônicas, e outro para praticar atos visando a abolição do Estado Democrático de Direito, contando com apoio de militares ligados a táticas e forças especiais. Se confirmadas, as condutas do grupo podem configurar crimes como organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. A operação foi denominada "Tempus Veritatis" pela Polícia Federal.