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Eleições na Espanha: Sem maioria no Parlamento, partidos buscam alianças para formar governo

Partido Popular (PP) lidera as eleições, mas esquerda e direita não alcançam maioria. Busca por alianças será decisiva para formação do governo

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July 24, 2023
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Neste domingo (23/07), a Espanha realizou eleições com 37,4 milhões de eleitores aptos a votar. No pleito convocado por Pedro Sánchez, atual primeiro-ministro, cerca de 53% dos eleitores compareceram às urnas. Com mais de 99% das urnas apuradas, nem a esquerda nem a direita alcançaram maioria no Parlamento, composto por 176 assentos.

O Partido Popular (PP), liderado por Alberto Núñez Feijóo, saiu na frente, obtendo 33% dos votos e conquistando 136 cadeiras. O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), de esquerda, liderado pelo atual primeiro-ministro Pedro Sánchez, ficou logo atrás com 31,7% dos votos e 122 assentos.

As pesquisas prévias já apontavam a vitória do PP, porém, para obter uma maioria direitista, seria necessária uma aliança com o partido de extrema direita Vox, liderado por Santiago Abascal, que obteve 12,39% dos votos e 33 cadeiras. Do lado da esquerda, a coalizão Sumar, liderada por Yolanda Díaz, alcançou 12,31% dos votos e 31 assentos.

Para obter maioria no Parlamento, tanto o PP quanto o PSOE precisarão buscar alianças com outros partidos. Caso o PP se una ao Vox, a coalizão alcançaria 169 assentos, ainda faltando sete para a maioria. Nesse cenário, Feijóo buscará apoio de outras siglas, como o Partido Nacionalista Basco, que obteve cinco lugares no Congresso. Outros partidos de centro-direita, como a Coligação Canária e a União do Povo Navarro, com um assento cada, também seriam considerados para a aliança, totalizando 176 assentos.

Por sua vez, o PSOE, com 122 cadeiras, precisaria do apoio da esquerda basca, representada pelo Euskal Herria Bildu, que conquistou seis assentos. O nacionalismo catalão, com 14 votos de Juntos pela Catalunha e Esquerda Republicana, e mais três votos dos demais nacionalistas seriam necessários para a formação de maioria.

O cenário político na Espanha se mostra desafiador, e a formação do governo dependerá das negociações e alianças que os partidos estabelecerão nos próximos dias. Caso não se alcance um acordo satisfatório, a possibilidade de bloqueio e repetição do processo eleitoral permanece em aberto. Pedro Sánchez comemorou os resultados, ressaltando que o "fracasso" da direita é uma vitória para aqueles que desejam o avanço da Espanha.

Yolanda Díaz também demonstrou otimismo, afirmando que muitos estavam preocupados com o desfecho das eleições, mas agora podem "dormir mais tranquilos". As próximas movimentações políticas serão cruciais para definir o futuro do país e o caminho a ser seguido após essas eleições.

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