O atacante e ídolo do Palmeiras, Dudu, denunciou um rombo de R$18 milhões em suas contas. Os advogados dele registraram um Boletim de Ocorrência (B.O) no 15º Distrito Policial de São Paulo.
Thiago Donda, ex-assessor do jogador, é alvo da investigação, junto a funcionários do Bradesco e um cartória de São Paulo.
De acordo com os advogados que cuidam do caso, a quantia foi movimentada ao longo de muitos anos, e que assinaturas falsas eram feitas em nome de Dudu.
Thiago Donda começou a ter acesso às finanças do atleta depois de um tempo como seu assessor, e conseguia aprovar transações sem o consentimento da vítima, mas com autorização de funcionários do banco.
Os advogados apresentaram uma lista de possíveis fraudes que aconteceram e entre elas estão - transferência e pagamentos de valores para conta de terceiros utilizando fichas com assinaturas falsas; utilização de pix e ted não autorizadas; operações de empréstimos mediante oferta de produtos.
Descoberta
Em agosto de 2023 o contador de Dudu realizou uma reunião, onde informou que a empresa “Dudu Sete Agenciamento de Imagens Esportivas” empresa responsável pelos direitos de imagem dele, não pagava os impostos desde 2018, e que já estava com um acordo fechado com o governo federal para quitar o débito.
O contador informou que não mencionou sobre algumas situações a pedido de Donda, mas que depois passou a desconfiar. Ao solicitar os comprovantes de pagamentos, Dudu recebeu a confirmação de que nenhum pagamento de imposto estava sendo feito e, ao invés disso, parte do valor estava indo para seu ex-assessor, Thiago Donda.
A perícia foi acionada, e ela afirmou que todas as assinaturas eram falsas, e que o dinheiro estava sendo depositado na conta da empresa de Donda, a BWF assessoria e agenciamento.
Documentos comprovadamente falsos - Procuração a um escritório de advocacia para tratar de dívidas e impostos; nove cheques usados em 2023 com valores de R$27 mil e R$1 milhão e documentos internos de movimentação de conta no Bradesco, incluindo Cédula de Crédito Bancário.
O atacante afirma que não sabia da existência de nenhum dos documentos analisados pela perícia.
A polícia continua a investigação, e Thiago Donda ainda não se manifestou publicamente. O Bradesco comunicou que está cooperando com a polícia.