Pedro Briones, dirigente do partido Revolução Cidadã, ligado ao ex-presidente equatoriano Rafael Correa, foi assassinado nesta segunda-feira (14). O crime aconteceu apenas cinco dias após o assassinato de Fernando Villavicencio, candidato à presidência, que foi baleado após um comício.
A notícia foi divulgada nas redes sociais por Paola Cabezas Castillo, candidata a deputada do mesmo partido. O Revolução Cidadã é a agremiação política liderada por Rafael Correa. As eleições presidenciais no Equador estão marcadas para este domingo (20).
Luisa Gonzalez, candidata que lidera a corrida presidencial no país, se manifestou nas redes sociais, apontando a atual situação do Equador como a mais sangrenta. Ela responsabiliza o governo inepto e a presença de máfias no Estado pela escalada da violência.
A morte de Briones e de Villavicencio não são casos isolados de ataques a políticos no Equador. Nos últimos tempos, um prefeito da cidade de Manta foi assassinado e outro prefeito sofreu um atentado contra sua vida. O país, que já foi considerado um dos mais seguros do continente, enfrenta uma escalada de violência associada à atuação de gangues e ao narcotráfico.
Analistas apontam que as causas dessa violência são variadas, mas incluem o aumento da atuação das gangues e do narcotráfico. Grupos locais estariam associados a traficantes do México, Colômbia e dos Balcãs. Dados da ONU revelam que o Equador se tornou o terceiro país com maior quantidade de cocaína apreendida em 2022, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da Colômbia.