A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras tomou a decisão de acionar o Poder Judiciário para solicitar a condução coercitiva do empresário e ex-jogador de futebol Ronaldo de Assis Moreira, mais conhecido como Ronaldinho Gaúcho. Essa medida permite que uma pessoa seja levada à presença das autoridades, mesmo contra a sua vontade.
O presidente da CPI, deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), anunciou a decisão após Ronaldinho Gaúcho ter deixado de comparecer à comissão tanto na terça-feira (22) quanto na nova convocação para esta quinta-feira (24), apresentando uma justificativa para sua ausência.
Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Roberto de Assis Moreira, estão sendo investigados pela CPI devido à suposta relação com a empresa 18K Ronaldinho, que está sob suspeita de envolvimento em atividades fraudulentas relacionadas a investimentos em criptomoedas. Marcelo Lara, co-fundador da empresa, não pôde ser localizado e há informações de que está fora do país.
Nesta quinta-feira, Roberto de Assis Moreira foi o único a prestar depoimento como testemunha na CPI. Ele declarou que ele e seu irmão nunca foram sócios da empresa 18K Ronaldinho e que os sócios dessa empresa são outras pessoas. Roberto também admitiu que manteve contrato com outras empresas relacionadas à 18K, como 18K Watches e 18K Marketing Multinível.
O presidente da CPI ressaltou a atuação da 18K Ronaldinho no setor de trading e arbitragem de criptomoedas, prometendo rendimentos de até 2% ao dia. Ele mencionou uma ação civil pública que cobra R$ 300 milhões da empresa por danos morais a clientes.
A comissão questionou Roberto de Assis Moreira sobre a relação do irmão com a 18K e sobre as propagandas envolvendo Ronaldinho Gaúcho e a empresa. A CPI busca esclarecer as suspeitas de fraude relacionadas a essa empresa e investigar possíveis irregularidades em suas operações. Diante da ausência de Ronaldinho Gaúcho, a CPI decidiu acionar o Poder Judiciário para garantir sua presença e depoimento.
