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Corrida da Associação do Ministério Público tem regulamento capacitista e destrata participantes

O evento é organizada pela Endurance Sports Consulting.

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July 20, 2024
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Foto: Divulgação

A corrida promovida pela Associação Amazonense do Ministério Público, organizada pela empresa Endurance Sports Consulting, tem gerado polêmica devido a um regulamento considerado capacitista e ao tratamento inadequado de participantes. A denúncia foi feita por Samuel Muca, que publicou um vídeo nas redes sociais questionando a postura da associação e da empresa organizadora. O evento está marcado para amanhã, dia 21, às 6h.

Confira o vídeo.

No vídeo, Samuel relata sua experiência negativa ao tentar se inscrever na corrida. Ele menciona que as pessoas com deficiência tiveram apenas uma janela de uma hora no dia 19 de julho para realizar a inscrição presencial, diferentemente dos demais participantes. Segundo Samuel, o pessoal da empresa foi irredutível quanto ao prazo e o tratou com grosseria.

“Eu queria muito participar de uma corrida, mas as pessoas com deficiência teriam uma janela de uma hora para se inscrever. A pessoa foi grossa comigo, irredutível, que no regulamento estava assim e assim seria. Regras tornam a vida da pessoa mais difícil,” desabafou.

Samuel também questionou se o Ministério Público concorda com medidas que dificultam a participação de pessoas com deficiência. No regulamento, disponível no site da Endurance Sports Consulting, fica claro que as inscrições para pessoas com deficiência eram restritas a uma única hora, uma regra que Samuel considera discriminatória.

Além disso, Samuel tentou tirar dúvidas sobre a corrida no perfil da empresa e por e-mail, especialmente sobre a disponibilidade de corredores guia para participantes cegos, mas não recebeu nenhuma resposta.

Ainda de acordo com Samuel, a situação dele foi resolvida, após uma pessoa da associação entrar em contato com ele, mas o edital não foi alterado.

O Diário da Capital entrou em contato com a Associação Amazonense do Ministério Público para comentar o caso, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta.

A denúncia de Samuel Muca levanta questões importantes sobre a inclusão e o respeito aos direitos das pessoas com deficiência em eventos esportivos. A falta de resposta das organizações envolvidas até o momento só intensifica as críticas sobre a necessidade de políticas mais inclusivas e de tratamento igualitário para todos os participantes.

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