Mais de 1.600 médicos residentes em hospitais de grande porte na Coreia do Sul entraram em greve nesta terça-feira (20) para protestar contra um plano do governo de admitir mais estudantes nas escolas de Medicina. A medida, que visa aumentar as admissões em 2.000 a partir do ano acadêmico de 2025, contra a cifra atual de cerca de 3.000, levanta preocupações sobre possíveis atrasos em cirurgias e tratamentos de pacientes.
Em protesto, cerca de 6.400 dos 13.000 médicos e internos em hospitais de grande porte entregaram suas demissões, e alguns já haviam saído até as 23h de segunda-feira (19), informou o Ministério da Saúde. A adição de vagas em escolas de medicina é considerada fundamental para melhorar o acesso à saúde básica em áreas remotas e desenvolver tecnologias avançadas, disse o presidente Yoon Suk Yeol em uma reunião do gabinete.
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A greve ocorreu apesar de uma ordem do governo para que os médicos permanecessem no trabalho, e os hospitais de grande porte disseram que estavam alterando os cronogramas de cirurgias e consultas de pacientes.
A população da Coreia do Sul, de 52 milhões de habitantes, tinha 2,6 médicos por 1.000 pessoas em 2022, muito abaixo da média de 3,7 para os países da OCDE.