Coca-Cola mantém uso de açúcar de cana no Brasil, apesar de mudança nos EUA

A Coca-Cola anunciou que lançará uma nova versão de seu refrigerante tradicional adoçada com açúcar de cana nos Estados Unidos. No Brasil, porém, a fórmula continuará inalterada, já que o produto fabricado no país utiliza exclusivamente açúcar de cana como adoçante. 

“Aqui no Brasil, os produtos são 100% adoçados com cana-de-açúcar”, afirmou a Brasil Norte Bebidas, fabricante da Coca-Cola sediada em Manaus, em nota enviada ao Diário da Capital.

A iniciativa marca uma mudança no mercado norte-americano, onde a Coca-Cola é tradicionalmente adoçada com xarope de milho — uma opção mais barata, mas alvo de críticas por possíveis impactos à saúde. De acordo com a empresa, a nova versão será oferecida nos EUA a partir do outono local.

A alteração nos EUA segue declarações recentes do ex-presidente Donald Trump, que, na semana passada, antecipou o plano e elogiou a substituição em suas redes sociais. “Será uma ótima jogada deles — vocês verão. É simplesmente melhor!”, escreveu.

O secretário de Saúde da gestão Trump, Robert F. Kennedy Jr., também se posicionou contra o uso de xarope de milho, alegando preocupações com a saúde pública. Apesar disso, especialistas afirmam que não há consenso científico sobre diferenças nutricionais significativas entre os dois adoçantes.

A mudança foi oficializada na atualização trimestral da Coca-Cola a investidores, em que a empresa confirmou o lançamento da versão com açúcar de cana nos Estados Unidos como parte de sua estratégia de diversificação de produtos.