Na manhã de quinta-feira, 24 de agosto, durante a XV Cúpula do Brics, o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa anunciou um marco significativo na história do grupo: a admissão de seis novos membros. Argentina, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã se unirão formalmente ao Brics a partir de 1° de janeiro de 2024. Essa é a primeira vez que a África do Sul, anfitriã da cúpula, admite novos membros desde sua própria entrada no grupo em 2011.
Durante a cúpula, os líderes das delegações discutiram e aprovaram critérios e diretrizes para a admissão de novos países ao grupo. Entre esses critérios está a condição de que os novos membros não estejam envolvidos em conflitos com nenhum dos países já membros.
A inclusão desses novos membros expande consideravelmente a representatividade do Brics. Agora, o grupo representa 46% da população mundial e 36% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Com essas novas adições, o Brics reforça seu papel como uma coalizão de importantes economias do Sul Global.
O presidente Lula, ao falar durante a cúpula, destacou o progresso do grupo nos últimos anos. Ele enfatizou que, apesar das diferenças entre os países membros, a diversidade fortalece a busca por uma nova ordem global que acomode as variações econômicas, geográficas e políticas do século XXI.
O presidente Ramaphosa ressaltou o impulso global em direção ao uso de moedas locais, acordos financeiros e sistemas de pagamento alternativos. Ele anunciou que os ministros das finanças e bancos centrais dos países membros foram incumbidos de estudar moedas locais, instrumentos e plataformas de pagamento. Um relatório sobre esse assunto deverá ser apresentado até a próxima cúpula.