A Justiça da Alemanha determinou que o estado de Hessen indenize as brasileiras Kátyna Baía e Jeanne Paolini, que foram injustamente presas em Frankfurt sob a acusação falsa de transportar 40 kg de cocaína em suas bagagens. O casal permaneceu detido por 38 dias em 2023.
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O caso das brasileiras chamou a atenção após investigações da Polícia Federal do Brasil revelarem que as malas com a droga não pertenciam a elas. As etiquetas das bagagens foram trocadas no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, onde as duas fizeram escala.
Kátyna e Jeanne embarcaram para uma viagem de férias de 20 dias na Europa, com destinos na Alemanha, Bélgica e Holanda, para comemorar a conclusão da residência veterinária de Paolini na Universidade de Brasília (UnB).
"Ainda iremos discutir que valores serão pagos e isso irá acontecer na segunda parte do processo", afirmou a advogada Chayane Kuss de Souza, que representa as brasileiras na Alemanha.
Segundo a defensora, cada uma das brasileiras terá direito a pelo menos 75 euros por dia de prisão injusta, conforme determina a legislação local. Isso significa que cada uma deverá receber ao menos 2.850 euros, aproximadamente R$ 15,3 mil, na cotação de segunda-feira (4).
A ação criminal contra as brasileiras na Justiça alemã foi encerrada em dezembro do ano passado, após provas demonstrarem que as malas apreendidas com a droga não eram delas. As imagens das bagagens despachadas por Kátyna e Jeanne em Goiânia comprovaram a troca de etiquetas em Guarulhos.
O caso das brasileiras faz parte da Operação Iraúna da Polícia Federal em Goiás, que investiga uma quadrilha que troca etiquetas de bagagens para enviar drogas ao exterior.