A manhã desta sexta-feira (9) foi marcada por emoções mistas para a Ginástica Rítmica brasileira nas Olimpíadas de Paris 2024. O conjunto brasileiro viu suas chances de classificação às finais ruírem após a ginasta Victória Borges, de 22 anos, lesionar a panturrilha durante o aquecimento e não conseguir realizar os movimentos corretamente. Sem a possibilidade de contar com uma ginasta reserva — devido a uma regra que permite a inclusão de mais países na competição, mas elimina a possibilidade de substituição em casos de lesão — o Brasil terminou a classificação em 9º lugar, fora da zona de classificação.
A comentarista Renata Teixeira ressaltou a necessidade de repensar essa regra na ginástica rítmica de conjunto.
“Talvez seja um momento de reflexão para a Federação Internacional e o Comitê Olímpico sobre a importância de ter uma reserva, como vimos com a situação da Victória,” comentou.
Por outro lado, a ginasta Bárbara Domingos, de Curitiba, fez história ao ser a primeira brasileira a alcançar a final da Ginástica Rítmica individual em Olimpíadas. Bárbara, conhecida como Babi, enfrentou adversárias de alto nível, como Boryana Kaleyn da Bulgária e Daria Atamanov de Israel, e alcançou uma pontuação total de 123.100 pontos.
Apesar de não conquistar uma medalha, Babi teve apresentações memoráveis. No arco, ao som de “Circle of Life” da trilha sonora do filme Rei Leão, ela conquistou 29.600 pontos, mesmo com um deslize que fez o arco cair. Sua apresentação com a bola, ao som de “Je Suis Malade” de Lara Fabian, foi um destaque, garantindo 33.200 pontos.
Na rotação das maças, ao som de “Garota de Ipanema” em versão inglesa, Babi trouxe a brasilidade para a Arena La Chapelli e conseguiu 31.200 pontos. No último aparelho, a fita, apesar de um começo complicado, Babi encantou ao som de “Bad Romance” de Lady Gaga, encerrando com 29.100 pontos.
Enquanto o conjunto brasileiro lamenta a eliminação precoce, a histórica presença de Bárbara na final reforça o crescimento e o potencial da Ginástica Rítmica no Brasil.