O Brasil assume hoje a presidência rotativa do G20, destacando três prioridades principais: combate à fome, desenvolvimento sustentável e reforma da governança global. Com mandato de um ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva instruiu os diplomatas a apresentarem projetos concretos com impacto prático na vida das pessoas.
Uma das iniciativas já prontas é a proposta de lançar uma aliança global contra a fome. Atualmente, 750 milhões de pessoas sofrem de fome crônica, e 2 bilhões têm acesso irregular a alimentos em todo o mundo. O governo brasileiro busca ir além de declarações de boa vontade, visando a concretização de programas sociais eficientes.
O Brasil também almeja uma nova etapa nos organismos multilaterais, onde os países do Sul Global tenham mais peso e recebam mais ajuda financeira para implementar programas sociais. Redução das desigualdades, mobilização contra as mudanças climáticas e transição energética são eixos centrais da presidência brasileira.
A agenda inclui uma reunião ministerial sobre empoderamento feminino, destacando o compromisso com a igualdade de gênero. A reforma da governança global é outro tema central, visando fortalecer organizações como as Nações Unidas.
Lula defende a aproximação entre a Trilha de Finanças e a Trilha dos Sherpas no G20, buscando uma sintonia para garantir que ambas trabalhem com os mesmos objetivos. As reuniões presidenciais terão início em Brasília, com o encontro presidencial marcado para novembro de 2024, no Rio.
A presidência brasileira enfatiza a necessidade de propostas concretas, destacando que este será um G20 de austeridade. Lula espera encerrar seu mandato com um legado tangível na vida das pessoas, abordando desafios globais de forma eficaz.