Um tribunal do Vietnã condenou Truong My Lan, uma empresária do setor imobiliário, por um dos maiores casos de corrupção do país, com prejuízos calculados em US$ 27 bilhões (aproximadamente R$ 135 bilhões). Ela deverá ser executada por injeção letal.
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O júri rejeitou todas as alegações da defesa de Lan, executiva do grupo imobiliário Van Thinh Phat, acusada de fraudar o Saigon Commercial Bank (SCB) ao longo de uma década.
"Lan foi uma das 86 pessoas indiciadas no caso, um grupo que inclui ex-presidentes do Banco Central, ex-funcionários do governo e ex-executivos do SBC", segundo a imprensa estatal.
Ela teria desviado US$ 12,5 bilhões (aproximadamente R$ 62,5 bilhões), mas os promotores afirmaram que os danos totais alcançaram US$ 27 bi, equivalente a 6% do PIB do Vietnã em 2023.
Lan negou as acusações e culpou os subordinados, mas foi detida em meio a uma campanha nacional contra a corrupção.
Foi o julgamento mais midiático já realizado no Vietnã, condizente com uma das maiores fraudes bancárias que o mundo já testemunhou. Truong My Lan é uma das poucas mulheres no Vietnã a ser sentenciada à morte por um crime de colarinho branco.
O veredito exige que ela devolva US$ 27 bilhões, uma quantia que os promotores disseram que pode nunca ser recuperada. Alguns acreditam que a pena de morte é a forma de o tribunal tentar encorajá-la a devolver alguns dos bilhões desviados.
