O Banco Mundial divulgou um novo relatório que revela a persistência da desigualdade de gênero no mercado de trabalho em todo o mundo. De acordo com o estudo, nenhum país oferece oportunidades iguais para mulheres e homens, com o público feminino desfrutando de menos de dois terços dos direitos do público masculino, especialmente em áreas como violência e cuidados infantis.
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A disparidade de gênero é mais acentuada em questões de segurança, onde as mulheres têm apenas um terço das proteções legais contra a violência doméstica, assédio sexual, casamento infantil e feminicídio. Além disso, as mulheres dedicam em média 2,4 horas a mais por dia ao cuidado de crianças do que os homens.
Embora muitos países tenham adotado legislação para garantir a igualdade salarial entre mulheres e homens, poucos implementaram medidas eficazes de transparência salarial ou mecanismos de aplicação para combater as disparidades salariais.
A falta de apoio financeiro ou fiscal para pais com filhos pequenos também é um obstáculo para as mulheres no mercado de trabalho, com apenas metade dos países oferecendo algum tipo de apoio nesse sentido.
O relatório destaca que a eliminação da disparidade de gênero poderia impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) mundial em mais de 20%, quase dobrando a taxa de crescimento global durante a próxima década. Para Tea Trumbic, principal autora do relatório, essa disparidade não é apenas injusta, mas também um desperdício de potencial econômico.