No terceiro dia de seu mandato como presidente da Argentina, Javier Milei surpreendeu ao contradizer sua promessa de campanha, na qual afirmava não fazer transações com comunistas. O presidente enviou, nesta terça-feira (12), uma carta ao líder chinês, Xi Jinping, buscando descongelar uma operação financeira de U$ 5 milhões.
Durante sua campanha, Milei adotou uma postura rígida em relação à China, chegando a chamar Xi Jinping de "assassino" e criticando a parceria comercial entre os dois países. No entanto, o acordo financeiro estabelecido entre o governo chinês e a administração anterior de Alberto Fernández motivou o segundo contato diplomático da gestão Milei com Pequim. O primeiro ocorreu durante a posse, no último domingo (10), quando a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino, se reuniu com o enviado chinês Wu Weihua.
Esta não é a primeira vez que Milei suaviza seu discurso em relação à China. Durante a campanha, ele fez declarações condenatórias sobre o país asiático, incluindo a Rússia e a Coreia do Norte. No entanto, até o momento, suas promessas de retirar os embaixadores argentinos dessas nações não foram cumpridas, e a recente reunião entre Mondino e Wu Weihua não indica um rompimento diplomático iminente.
Vale destacar que, logo após sua eleição em 19 de novembro, Xi Jinping enviou uma carta felicitando Milei, que respondeu positivamente através das redes sociais. O presidente argentino agradeceu as felicitações do líder chinês e expressou votos de bem-estar ao povo da China.