Na quarta-feira (24), uma multidão de trabalhadores argentinos, representando diferentes setores da sociedade, marchou em Buenos Aires em protesto contra a "Lei Ônibus", um projeto de lei proposto pelo governo de Javier Milei. Entre os manifestantes estavam caminhoneiros, metalúrgicos, aeronautas, aposentados e representantes de empresas recuperadas.
O palco do protesto foi a Praça do Congresso, onde dirigentes sindicais como Pablo Moyano e Hugo Daer discursaram, expressando a oposição às políticas econômicas e trabalhistas propostas por Milei. O calor intenso, próximo a 30º C, causou desmaios entre os manifestantes.
LEI ÔNIBUS
A "Lei Ônibus", oficialmente chamada Lei de Bases e Pontos de Partida para a Liberdade dos Argentinos, tem gerado ampla resistência devido às suas implicações em diversos setores da sociedade. Os manifestantes pedem explicações aos legisladores e questionam se estão ao lado dos trabalhadores ou apoiando o modelo econômico de Milei.
Diversas organizações sindicais, trabalhadores de empresas recuperadas, profissionais da cultura e outros setores aderiram à greve nacional. As preocupações abrangem desde ameaças aos direitos trabalhistas até privatizações em setores estratégicos, como energia, comunicação e aviação.
A mobilização se estendeu ao longo da Avenida de Maio, conectando a Casa Rosada ao parlamento, com bandeiras e cartazes expressando a diversidade de vozes contrárias ao projeto de Milei. A Lei Ônibus será votada nesta quinta-feira (25), e os manifestantes demonstram determinação em resistir às propostas que consideram prejudiciais ao país.