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Anvisa alerta sobre riscos da fosfoetanolamina e desmente eficácia contra o câncer

Agência reforça que a substância não é autorizada como medicamento ou suplemento alimentar no Brasil

Escrito por
Redação
July 24, 2024
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Foto: Marcos Santos/Agência USP

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu uma nota de alerta nesta quarta-feira (24), desmentindo propagandas “irregulares e enganosas” que circulam nas redes sociais e que atribuem à fosfoetanolamina a capacidade de combater o câncer. De acordo com a agência, a substância não possui propriedades funcionais ou de saúde e não combate o câncer “ou qualquer doença”.

Segundo a Anvisa, a fosfoetanolamina não tem autorização ou registro para uso como suplemento alimentar ou medicamento no Brasil. A comercialização da substância só seria permitida com a devida aprovação da agência. “Utilizar produtos não registrados pela Anvisa para o tratamento do câncer é extremamente arriscado. Esses produtos podem interferir negativamente nos tratamentos convencionais, além de apresentar riscos de contaminação”, explica a nota.

A agência enfatiza a importância de os pacientes não abandonarem tratamentos médicos estabelecidos em favor de terapias não autorizadas e de eficácia desconhecida, como é o caso da fosfoetanolamina. “É crucial que os pacientes não abandonem tratamentos médicos estabelecidos para utilizar terapias não autorizadas e de eficácia desconhecida”, alerta a Anvisa.

Em relação ao tratamento do câncer, a Anvisa destaca que sem as pesquisas clínicas adequadas e o devido registro, a fosfoetanolamina não pode ser considerada segura ou eficaz. “A ciência médica é fundamentada em dados e evidências rigorosas, e os critérios para a aprovação de novos tratamentos são estabelecidos para proteger a saúde dos pacientes”, reforça a agência.

Além disso, a Anvisa acrescenta que a fosfoetanolamina também não recebeu aprovação para ser usada como suplemento alimentar. “Para que suplementos contendo essa substância sejam comercializados, eles não podem fazer alegações terapêuticas ou medicinais”, finaliza a nota.

A Anvisa aconselha os pacientes a consultarem seus médicos e a seguirem tratamentos comprovados cientificamente, reiterando que a saúde não deve ser arriscada por produtos não regulamentados e sem comprovação de eficácia.

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