<p>A Alemanha planeja endurecer suas leis sobre armas após uma suspeita de conspiração de um grupo de extrema-direita para derrubar violentamente o governo e instalar um membro menor da realeza como líder nacional, disse a ministra do Interior, Nancy Faeser, em uma entrevista publicada neste último domingo (11).</p>
<p>Na semana passada, a polícia alemã prendeu 25 pessoas suspeitas de envolvimento na trama, que chocou muitos em uma das democracias mais estáveis da Europa. Muitos dos suspeitos eram membros do movimento de extrema-direita “Reichsbuerger” (Cidadãos do Reich), que nega a existência do Estado alemão moderno, segundo os promotores.</p>
<p>A ministra do Interior, Nancy Faeser, em entrevista ao jornal “Bild am Sonntag”, alertou que o Reichsbuerger representava uma ameaça crescente para a Alemanha, uma vez que se expandiu de 2.000 para 23.000 pessoas no ano passado.</p>
<p>“Estes não são loucos inofensivos, mas suspeitos de terrorismo que agora estão em prisão preventiva”, disse Faeser.</p>
<p>Os promotores disseram que os suspeitos incluíam indivíduos com armas e conhecimento de como usá-las. Eles tentaram recrutar membros atuais e antigos do exército e armazenaram armas.</p>
<p>“Precisamos que todas as autoridades exerçam pressão máxima” para remover suas armas, disse Faeser, razão pela qual o governo “em breve endurecerá ainda mais as leis sobre armas”.</p>
<p>Antes dos ataques, as autoridades já haviam confiscado armas de mais de 1.000 membros do Reichsbuerger. No entanto, acredita-se que pelo menos outros 500 tenham licenças de porte de armas em um país onde a posse privada de armas de fogo é rara.</p>