A Alemanha está se preparando para uma das reformas sociais mais significativas ao considerar a legalização do uso pessoal de maconha, porém dentro de limites rigorosamente regulamentados. O ministro da Saúde apresentou um plano que propõe uma abordagem mais pragmática e semiliberal em relação ao uso da substância.
A justificativa para a legalização é a inadequação da política repressiva atual, que resulta em um mercado ilegal em crescimento, produtos de qualidade duvidosa e sobrecarga do sistema judiciário. A coalizão social-democrata, em colaboração com os ecologistas e liberais, apresentou o projeto de lei, que ainda precisa ser votado pelo Parlamento.
Diferentemente do modelo holandês, a Alemanha não permitirá a venda livre de maconha em lojas ou cafeterias. Em vez disso, os consumidores deverão ser membros de clubes que produzirão cannabis de maneira controlada. A regulamentação também inclui limites para a quantidade que os adultos podem comprar, a possibilidade de ter plantas para uso próprio e a proibição de consumo em certos locais.
As críticas ao projeto de legalização são diversas. Alguns argumentam que o sistema é burocrático demais, enquanto outros temem que a complexidade das regras sobrecarregue ainda mais o sistema judiciário e policial. Também há preocupações com os riscos psicológicos de longo prazo, especialmente para os jovens.
