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A representatividade das mulheres nos Jogos Olímpicos de Paris

Que ano olímpico lindo e incrível, principalmente para as mulheres. O pódio é nosso, e eu nem estou falando somente de Olimpíada.

Escrito por
Larissa Balieiro
August 09, 2024
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Foto: Gaspar Nobrega

Vocês me perdoem, mas hoje eu quero e vou falar de Olimpíadas. Até porque além de ser o assunto central dos últimos dias, tem escancarado o grande avanço das mulheres na competição. Começamos essas Olimpíadas sendo maioria na delegação brasileira de várias modalidades, o nosso primeiro ouro veio de uma mulher, os destaques e feitos passam por atuações individuais e em grupo de mulheres. O Brasil tem a maior medalhista olímpica de todos os tempos: Rebeca Andrade. Na abertura das Olimpíadas, mulheres foram enaltecidas e homenageadas com estátuas às margens do Rio Sena.

Foto: Gaspar Nobrega

O maior recado do esporte nas olimpíadas está no espaço que as mulheres tem conquistado a cada ano. Estão se desafiando e sendo desafiadas e isso evidencia o quanto evoluímos. Não há demérito em ser “um esporte de homem ou de mulher”. As mulheres mandaram vários recados possíveis nos últimos dias. Com medalhas, com mensagens em suas entrevistas, suas ações e atitudes.

Foto: Alexandre Loureiro

Quando vejo jornalistas ganhando espaço e sendo destaques na sua cobertura, me sinto representada ali. Não somente como profissional, mas como mulher. A gente vive uma batalha tão solitária de reafirmação do que fazendo, lutamos diariamente e muitas vezes em silêncio contra os machismos escancarados e os velados. Aliás, esses escondidos são os que mais nos acabam e mexem com o nosso imaginário. Sim, gente. Não tem como ignorar o fato de homens se reunirem para detonar seu trabalho pelo simples fato de você ser mulher. Ou o fato de um homem achar que você “saber mais que ele” (na cabeça deles) é uma fantasia tão absurda que é mais fácil dizer que “o que eu quero tá mole” ao invés de concordar e dizer que pensamos igual sobre um assunto.

Foto: Gaspar Nóbrega / COB

Então as mulheres, as mulheres negras, as mulheres que chegaram no pódio, no topo, no auge, mostraram que estamos onde deveríamos estar. Não há maior mensagem nessas Olimpíadas que essa evolução tão latente e visível para quem sempre quis que mulheres ganhassem seus espaços. E gente, não é porque a gente “quer aparecer”, na verdade a gente só quer ser valorizada.

Rebecas, Flavias, Bias, Simones, Tatis e tantas outras mulheres que foram marcantes e importantes nesses jogos olímpicos. Que após Paris, a representatividade só aumente e se propague. Precisamos renovar ciclos, pensamentos e quebrar tabus. Porque esse espaço é tão nosso quanto de muitos homens, a diferença é que a gente não disso competição.

Foto: Paris 2024

Que ano olímpico lindo e incrível, principalmente para as mulheres. O pódio é nosso, e eu nem estou falando somente de Olimpíada.

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