A última semana estive em São Paulo para uma série de compromissos futebolísticos dos quais além de me reiniciarem, puderam me revigorar. Sair de Manaus para estudar, ainda que seja um curto espaço de tempo, sobre o futebol e os mecanismos dele é algo que todos os jornalistas esportivos que puderem fazer, deveriam. A gente vai observando nosso lugar no mundo ainda mais além de entender o tamanho da trajetória que construímos no âmbito profissional. Comecei a semana após uma baita cobertura esportiva na final do brasileiro feminino.
Em São Paulo a modalidade é mais do que consolidada, é vivida pelos paulistanos. Vamos demorar a chegar nesse fluxo, principalmente porque aqui as camisas pesadas já abraçaram e já estão construindo histórias no futebol feminino, o exemplo do Corinthians aí.
Em Manaus, os tradicionais mal conseguem se manter no masculino. Esses dias vi matéria sobre – mais uma vez, o JC dever suas jogadoras. Algo que tem sido recorrente, fora que nos bastidores a informação é que a gestão do time vive pedindo dinheiro adiantado, pois não tem nem o do dia a dia. O JC é um time que tem no feminino uma história bonita e curta, mas de longo prazo, problemática nas duas esferas: masculino e feminino.
Mas voltando ao título principal deste texto que é a motivação, afinal, dentre tantos problemas que enfrentamos para cobrir o futebol amazonense, a paixão pelo trabalho sério e a campanha de verdade, motivam. Segui a semana conhecendo espaços que me aproximaram ainda mais dessa paixão. Visitar o Museu do Futebol mais uma vez proporcionou memórias tão especiais. Um universo o qual sou completamente pertencida.
Os estúdios da ESPN mostrando que aqui o futebol é o AR que respiram nas editorias. Diferente de Manaus, que temos que puxar muita respiração para continuar com a editoria de pé. Temos que criar mecanismos para garantir a cobertura. E vamos nos dando conta que a maior motivação disso tudo é você fazer o improvável e o que dizem ser impossível.