O texto de hoje revela mais sobre algo pessoal meu do que sobre o futebol amazonense que é o que vocês estão acostumados a ler por aqui. Acontece que, eu preciso dividir com vocês um pouco dessa minha paixão que resultou em eu estar aqui escrevendo sobre futebol ou algo relacionado a ele.
No último sábado (9) aconteceu o VI Simpósio de Jornalismo Esportivo na Amazônia, um evento que organizo desde 2015. Uma realização pessoal e profissional a qual eu integro jornalistas locais e nacional. Na edição deste ano, eu tive muitos revés temporários e que me custaram minha paz. Óbvio que me questionei algumas vezes se valia a pena abrir mão dessa paz pela missão de ajudar a ensinar e contribuir para o desenvolvimento do jornalismo esportivo amazonense. Sem nenhuma arrogância, é assim que penso quando organizo o Simpósio: em evolução.
O Simpósio deste ano foi uma certeza dessa minha paixão pela área a qual estou habituada há 11 anos. Em cada etapa até o dia do evento, tive desacertos nos planos, porque não controlo todas as situações então, foi doloroso esse processo de entender e aceitar.
Algumas coisas aconteceram pela primeira vez no Simpósio deste ano, o que me revelaram um enorme poder de resiliência que nem eu esperava de mim. Teve desistência de palestrante, teve palestrante que precisou mudar de voo em cima da hora e chegou no laço do evento, teve hotel sabotando cada detalhe, impressões que deram errado e o maior de tudo, foi a primeira vez que levantei um evento do zero sem nenhum dinheiro na conta após uma demissão. Pois é, o Simpósio de 2023 foi um acontecimento e uma superação.

No último sábado (9) mais de 150 pessoas estavam reunidas em um salão e assistiram o presidente do Amazonas FC, Weslley Couto falar sobre o ano em que o clube conquistou o título estadual, o brasileiro e o acesso à série B, todos de forma inéditas. Depois puderam acompanhar a palestra enriquecedora do jornalista Marcelo Courrege, da TV Globo que destacou sobre a vida de um correspondente internacional esportivo, o sonho dele. Ainda tivemos a jornalista Fernanda Arantes mostrando a nova vertente do jornalismo esportivo que deixa o conteúdo mais leve. André Hernan de volta ao Simpósio pela 3ª vez trazendo a sua nova rotina na internet e claro o encerramento da Luciana Mariano, a primeira narradora esportiva em TV Aberta da América do Sul. Foi um dia de muito conhecimento, do jeito que eu sempre quis e sonhei. Contribuir com tanta gente que diz ser fã do meu trabalho, que me chama de referência, de inspiração. Eu aceito e acredito em cada palavra, mas essa é a missão: AJUDAR na evolução destas pessoas.

Ao final do evento, da minha paixão pela área, no meu tradicional discurso homenageei o meu grande amigo Carlinhos. Infelizmente ele faleceu no último dia 2 e ele era da família Simpósio. Chorei por ele, por exaustão e por saudade. Chorei pelo medo, pela falta de fé em muitos momentos. Chorei porque Deus esteve comigo em cada momento nessa trajetória.

O Simpósio aconteceu. Foi um sucesso e eu VENCI. Que venha 2024, em mais uma edição do Maior evento de jornalismo esportivo da Região Norte, minha paixão!