Nesta quinta-feira (27), as duas Coreias celebram o 70º aniversário da assinatura do armistício que encerrou a Guerra da Coreia, um conflito que ceifou cerca de 3 milhões de vidas ao longo de três anos, com a participação de tropas norte-americanas e chinesas apoiando seus respectivos aliados na península coreana. Apesar das comemorações, poucas chances são vistas de que as duas nações superem completamente o conflito.
Na cidade sul-coreana de Busan, delegações dos EUA e mais de 20 outros países que apoiaram a Coreia do Sul sob a ONU participarão de uma cerimônia para marcar a data. A Coreia do Norte, por sua vez, convidou altos membros dos governos chinês e russo para um desfile militar em Pyongyang, enfatizando a ideia de uma vitória para o regime.
O país tem intensificado sua retórica e demonstrações de poderio militar, como o recente lançamento de dois mísseis de alcance intermediário em sua costa leste na terça-feira. O jornal norte-coreano Rodong Sinmun indicou que o país continuará desenvolvendo seu arsenal nuclear e mísseis balísticos.
Apesar de 70 anos sem um grande conflito armado, as duas Coreias permanecem entrincheiradas em suas ideologias, sem cooperação ou comunicação significativa. A perspectiva de melhorar as relações é complexa, e a política mais eficaz tem sido a "Política do Sol", que busca a cooperação, mas as chances de progresso no futuro próximo parecem limitadas.
