Foi divulgado nos últimos dias o calendário do futebol brasileiro para 2026. Este foi o maior movimento até aqui da gestão de Samir Xaud de pouco mais de quatro meses no comando. As inúmeras mudanças mostram uma forma mais contundente de mostrar trabalho em uma entidade que foi alvo severo de críticas nos últimos anos. Para o futebol amazonense as notícias são animadoras, reveladoras e até mesmo motivo de mais impulso para a temporada do ano que vem.
Considerando de cara as vagas concretas para os clubes amazonenses. Na Copa do Brasil, das atuais e habituais duas vagas oriundas do campeão e vice do estadual, agora ganhamos uma terceira, a qual o Manaus FC conquistou. Na série D, além das vagas do Nacional que foi vice-campeão, o Manaus também levou porque o Amazonas – que foi o campeão e está na série B não precisa da vaga. Mas aí, surgiu a ampliação do número de clubes da série D de 64 para 98 clubes, sobrando, portanto, a vaga dos clubes que avançaram de fase na competição este ano. E aí, o Manauara foi beneficiado.
Ou seja, estamos falando da concretização de vagas certas e no colo para Manaus na Copa do Brasil – mesmo sem ter chegado à final do Barezão deste ano, e da série D e Copa do Brasil para o Manauara, também que foi outra equipe que nem chegou às finais. Olha o tamanho do atalho para esses clubes.
Desconsiderando o modo como as vagas surgiram, tendo em vista inclusive a complexidade dos fatos, o futebol amazonense vai respirar por completo as competições nacionais em 2026. Isso aumenta o nível de produtividade e até mesmo de planejamento dos clubes que conseguiram montar uma campanha mínima na temporada deste ano.
Diga-se de passagem que, depois do acesso do Manaus, esse tipo de movimento foi ficando cada vez mais comum no futebol amazonense. Cada vez mais os clubes passaram a disputar o estadual pensando no melhor posicionamento na classificação geral. Ou seja, aquilo que o Gavião demorou quase seis anos para conquistar, clubes como Amazonas e Manauara (os novos também) ganharam com menos tempo. O Amazonas chegou à série D em 2022 graças a esse tipo de melhor ranking e colocação. Agora o Manauara foi beneficiado com calendário cheio.
O que a gente precisa fazer com esse tipo de acontecimento? Aproveitar, investir, impulsionar. Vejo uma minoria não conseguindo entender o tamanho desse feito para o futebol amazonense, uma turma reclamona. É tempo de agradecer as boas articulações da Federação Amazonense com a CBF, que incluem termos um vice-presidente lá dentro (que é o caso do Rozenha), o Amazonas ainda com o respingo do ano incrível de 2023, a história de termos um campeão brasileiro, o manauara ter feito uma campanha impecável em 2024, o Nacional ter surgido este ano grande tanto no profissional quanto na base.
Precisamos valorizar esse movimento no futebol amazonense, esse calendário cheio, essa abreviação ou atalho de algo que podemos não somente construir, mas fortalecer. Temos que reconhecer que 2026 vai ser um ano inteiro para o futebol amazonense enquanto calendário. Resta agora saber como os clubes vão valorizar essa chance. Porque muito mais longe já estivemos. Agora tem caminho suficiente para surpreender!!!