O Ministério da Saúde (OMS) esclareceu através de uma nota oficial divulgada na terça-feira (23/9), que o paracetamol, medicamento amplamente usado como analgésico e antipirético, é seguro e eficaz, sem qualquer relação comprovada com o desenvolvimento do autismo.
O posicionamento do Ministério da Saúde foi divulgado após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ter sugerido uma relação entre o uso do paracetamol e o autismo em declaração à imprensa, sem apresentar evidências científicas.
A pasta reforçou a importância de seguir sempre orientações médicas quanto ao uso de medicamentos, alertando contra a disseminação de informações falsas que possam gerar desinformação entre a população.
A alegação feita por Trump também foi negada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelas agências de saúde da União Europeia e do Reino Unido, que confirmam a segurança do fármaco e a ausência de qualquer ligação com o autismo.

Em nota pública, o Ministério da Saúde destacou que a saúde não pode ser alvo de atos irresponsáveis. Segundo a pasta, a divulgação de informações deturpadas por lideranças políticas pode trazer consequências graves para a saúde pública, como foi observado durante a pandemia de Covid-19, que resultou na perda de mais de 700 mil vidas no Brasil.
Além disso, alertou que a afirmação de que o paracetamol causa autismo pode gerar diversas consequências negativas e desrespeitosas.
“O anúncio de que autismo é causado pelo uso de paracetamol na gestação pode causar pânico e prejuízo para a saúde de mães e filhos, inclusive com a recusa de tratamento em casos de febre e dor, além do desrespeito às pessoas que vivem com Transtorno do Espectro Autista e suas famílias”, diz o comunicado.

Segundo o Ministério da Saúde, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um distúrbio do neurodesenvolvimento que afeta a comunicação, a interação social e apresenta padrões de comportamento repetitivos, além de interesses restritos.
A pasta destacou ainda que busca reverter os impactos do negacionismo no Brasil, que prejudicou a adesão da população às vacinas, afetando a saúde pública em um país que já foi referência mundial nesse tema.
*Com informações da Agência Brasil