A Polícia Federal destruiu 277 dragas utilizadas no garimpo ilegal durante a Operação Boiúna, no leito do Rio Madeira. A ação, que teve como objetivo desarticular estruturas criminosas que atuam na extração ilegal de ouro na região, foi iniciada em 10 de setembro e encerrada nesta quarta-feira (24/9).
A operação contou com o apoio da Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Rodoviária Federal, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM). Além da repressão direta à atividade ilegal, a ação também envolveu medidas sociais e ambientais em comunidades impactadas pelo garimpo.

No dia 18 de setembro, agentes da Polícia Federal, acompanhados por equipes do Ministério do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho, visitaram a comunidade ribeirinha de Democracia, no município de Manicoré (AM). Durante a visita, foram coletadas amostras de cabelo, água e material biológico com o objetivo de avaliar os efeitos da exposição ao mercúrio, substância tóxica amplamente utilizada no garimpo, sobre a saúde da população local. Os resultados dos estudos serão divulgados após a conclusão das análises.
Dados preocupantes
Dados recentes do Greenpeace Brasil revelam a dimensão do problema: mais de 500 balsas de garimpo ilegal operam atualmente no Rio Madeira, muitas delas em áreas próximas a unidades de conservação e terras indígenas, o que agrava os impactos socioambientais e reforça a urgência de ações coordenadas e contínuas contra a atividade criminosa.